Conheça a seletividade alimentar infantil: o que é um picky eater e como ajudar seu filho a comer melhor

Dicas para ajudar nas dificuldades alimentares do seu filho

Por Redação Pais e Filhos
24 jan 2025, 12h00
Criança de 2 anos que não quer comer - terrible twos e alimentação infantil
 (danr13/Thinkstock/Getty Images)
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A seletividade alimentar, também conhecida como picky eating, é um comportamento comum na infância, em que a criança apresenta restrições ao consumo de determinados alimentos. Essa situação, que pode ser passageira, nem sempre representa um problema grave, mas requer atenção para evitar impactos na nutrição e na saúde. Com o apoio adequado, é possível ampliar o paladar infantil e promover uma alimentação mais variada e saudável.

O que caracteriza um picky eater?

Todas as pessoas possuem preferências alimentares, mas, na infância, o limite entre o comum e o que exige intervenção profissional deve ser observado. Crianças consideradas picky eaters consomem mais de 30 alimentos, toleram novas opções após várias apresentações e participam das refeições em família.

Já a dificuldade alimentar, ou seletividade extrema, envolve o consumo de apenas 10 a 15 alimentos, recusa de grupos inteiros e uma aversão persistente às mudanças. Crianças com essa condição costumam não se alimentar junto com a família e necessitam de mais de 25 exposições a novos alimentos para aceitá-los. Nesses casos, o suporte de especialistas, como nutricionistas e terapeutas ocupacionais, pode ser fundamental.

Por que meu filho é seletivo?

O desenvolvimento do paladar infantil é influenciado por fatores genéticos, culturais, socioeconômicos e até pela experiência alimentar na gestação. Quando a seletividade alimentar não é abordada adequadamente, pode persistir na fase adulta, afetando a qualidade da alimentação e aumentando o risco de doenças crônicas, como obesidade e deficiência de micronutrientes.

Como lidar com um picky eater

Promover uma alimentação variada requer estratégias que incentivem a criança a explorar novos alimentos de forma positiva. Confira algumas dicas:

  • Refeições em família
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Montar uma rotina de refeições é essencial para criar hábitos saudáveis. Comer juntos ajuda a criar vínculos e incentiva a criança a experimentar novos sabores ao observar os adultos. Flávia Montanari recomenda evitar distrações, como televisão, e caprichar na apresentação da comida.

  • Brincar com os alimentos

Explorar alimentos de forma lúdica é uma maneira eficaz de despertar o interesse da criança. Permita que ela toque, cheire e brinque com os alimentos durante as refeições. Essa abordagem sensorial estimula a curiosidade e torna a experiência mais agradável.

  • Envolver a criança no preparo
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Levar a criança para ajudar nas compras e no preparo dos alimentos é uma forma de aumentar seu interesse pela comida. Locais como feiras e supermercados oferecem oportunidades para explorar diferentes texturas, aromas e sabores. Em casa, pegue tarefas simples, como lavar vegetais ou montar pratos, para que ela se sinta parte do processo.

Fazer as pazes com o alimento

Evite forçar ou brigar durante as refeições. Apresente os alimentos de forma curiosa e criativa. Perguntas como “Que cheiro tem?” ou “Quantas cores tem este prato?” podem tornar o momento mais leve e atrativo.

Quando procurar ajuda profissional

Se mesmo com essas estratégias a criança continuar apresentando aversão a novos alimentos ou restrições severas, é hora de buscar orientação especializada. A intervenção precoce pode prevenir problemas de nutrição e garantir um desenvolvimento saudável.

A paciência é fundamental

Mudanças no comportamento alimentar podem levar tempo e exigem paciência dos pais. A seletividade alimentar é um processo gradual, e forçar a criança a comer pode aumentar a resistência. Oferecer novos alimentos de forma repetitiva e sem pressão, além de celebrar pequenas conquistas, pode ajudar a criança a se abrir para novas opções alimentares.

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