Alimentação infantil: descubra os 10 erros mais frequentes e como corrigi-los

A preocupação com a qualidade da alimentação é maior do que com crianças que comem pouco; Saiba como prevenir mau hábitos halimentares

Por Redação Pais e Filhos
19 abr 2025, 12h00
Criança comendo
 (Freepik/Reprodução)
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Oferecer uma alimentação equilibrada para as crianças é um dos maiores desafios dos pais. Muitas vezes, hábitos que parecem inofensivos podem afetar a saúde dos pequenos no futuro. É comum seguir tradições familiares ou agir com as melhores intenções, mas sem saber que algumas escolhas podem não ser as mais adequadas.

Hoje, a preocupação com a obesidade infantil é maior do que com crianças que comem pouco, já que quase metade das crianças brasileiras está acima do peso. Confira os 10 erros mais frequentes na alimentação infantil e como corrigi-los para garantir refeições mais saudáveis.

1. Exagerar nos sucos

O suco pode fazer parte da alimentação infantil, mas em quantidades controladas. Durante a transição alimentar, muitos pais acreditam que ele pode substituir o leite materno, mas isso não é recomendado.

A melhor forma de oferecer frutas é in natura, como lanche ou sobremesa. Além disso, o suco deve ser consumido após as refeições e sem adição de açúcar. Para bebês em fase de introdução alimentar, a quantidade indicada varia entre 50 e 60 ml.

2. Oferecer leite de vaca antes de um ano

O leite de vaca não deve ser dado a crianças menores de um ano. Ele contém mais proteínas que o leite materno e pode favorecer o acúmulo de gordura, além de aumentar o risco de alergia à proteína do leite.

A recomendação é manter a amamentação exclusiva até os seis meses e introduzir outros alimentos de forma equilibrada a partir dessa idade. Esse cuidado pode reduzir em até 25% o risco de obesidade no futuro.

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3. Adicionar sal na papinha

Os legumes já possuem naturalmente sódio, então não há necessidade de acrescentar sal nas papinhas. Para dar mais sabor, prefira temperos naturais como salsa, coentro e alecrim.

Outro ponto de atenção são os alimentos industrializados e embutidos, que costumam ter alto teor de sódio. Esses produtos devem ser evitados até os dois anos de idade.

4. Colocar açúcar na alimentação

O consumo de açúcar na infância pode influenciar diretamente os hábitos alimentares ao longo da vida. Como ele não oferece benefícios nutricionais, o ideal é evitar ao máximo sua introdução na dieta das crianças.

Adoçar alimentos pode mascarar o sabor real dos ingredientes e estimular o consumo excessivo de doces no futuro. Em casos específicos, uma alternativa natural é o uso do suco de laranja, mas sem exageros.

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5. Desistir de um alimento novo na primeira recusa

Nem sempre a criança vai aceitar um novo alimento logo de cara. O erro está em desistir rapidamente. Estudos mostram que pode ser necessário oferecer o mesmo alimento até 12 vezes para que a criança se acostume com ele.

A insistência deve ser feita de forma natural, sem forçar. Introduzir os alimentos de maneiras diferentes, variando no preparo e na apresentação, pode ajudar a melhorar a aceitação.

6. Obrigar a criança a comer tudo

Forçar a criança a terminar o prato pode gerar uma relação negativa com a comida. Se ela não quiser comer naquele momento, guarde a refeição e ofereça mais tarde, mas sem substituir por lanches ou petiscos.

O mais importante é criar uma rotina alimentar equilibrada e respeitar os sinais de saciedade da criança, evitando excessos e promovendo um relacionamento saudável com a comida.

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7. Misturar os alimentos no prato após um ano

Após o primeiro ano de vida, a criança começa a se interessar mais pelo visual dos alimentos. Misturar tudo pode dificultar essa percepção e tornar a refeição menos atrativa.

Montar pratos coloridos e bem organizados pode estimular a aceitação. Transformar os alimentos em formas divertidas, como carinhas ou desenhos, pode ser uma boa estratégia para incentivar o consumo.

8. Bater a papinha no liquidificador

A consistência da comida deve evoluir conforme o bebê cresce. No início, a papinha pode ter a textura de um purê, mas, com o tempo, os alimentos precisam ser apenas amassados com um garfo para estimular a mastigação e a deglutição. Se a criança continuar recebendo alimentos muito triturados por muito tempo, pode ter dificuldades para aceitar texturas mais firmes no futuro.

9. Não estabelecer horários para as refeições

Criar uma rotina alimentar ajuda a criança a desenvolver hábitos saudáveis. Permitir que ela coma a qualquer momento pode levar a uma alimentação desregulada e ao consumo excessivo de lanches e doces. O ideal é estabelecer horários fixos para as principais refeições e evitar distrações, como assistir televisão enquanto come.

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10. Dar comida na boca por muito tempo

A partir de um ano e meio ou dois anos, a criança já pode começar a comer sozinha. Isso ajuda no desenvolvimento da coordenação motora e na independência alimentar. É comum que, no início, ela faça bagunça e demore mais para comer, mas esse processo faz parte do aprendizado. O papel dos pais é supervisionar e estimular essa autonomia.

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