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Aula 21 – O pós-parto

O obstetra Eduardo Vieira da Motta, do Hospital Israelita Albert Einstein, fala sobre as mudanças físicas e psicológicas e os problemas de saúde que podem surgir na mulher depois do nascimento do bebê.

Por Redação Bebê.com.br
Atualizado em 22 out 2016, 16h38 - Publicado em 19 jun 2015, 19h28

O corpo feminino demora praticamente nove meses para concluir as mudanças que uma gestação exige. É normal nutrir expectativas de que essas alterações se desfaçam logo após o parto – o que deve acontecer, mas não tão rapidamente. Nessa fase, é comum que o padrão de sono se altere, assim como a digestão e o funcionamento do intestino, sem contar a insegurança em relação aos cuidados com o recém-nascido. Algumas atitudes simples podem ter impacto positivo no cotidiano da mãe, ajudando a diminuir o descompasso entre esse desejo de mudança e a vida real.

O primeiro passo é descansar bastante, aproveitando as sonecas do recém-nascido para também dormir. Alimentar-se bem e se hidratar, ingerindo muito líquido, ajuda o intestino a voltar ao ritmo normal. No quesito conforto, deve constar o uso de roupas que não apertam a região abdominal e, claro, do sutiã de amamentação. Embora pareçam orientações óbvias, elas são importantes para reforçar a necessidade de que a mamãe tenha toda a comodidade possível. Essas dicas, aliadas à compreensão da família de que no pós-parto a mulher precisa de repouso, costumam ter um excelente resultado.

Problemas eventuais

O pós-parto, em geral, é um período em que a mulher raramente adoece. Mas o obstetra deve ser procurado se, após o parto, a mulher continuar tendo um sangramento volumoso, persistente e com cólicas; se as mamas ficarem vermelhas e doloridas; ou se aparecer febre. Também é importante observar se o corte da cesárea está seco e sem vermelhidão.

Autoestima e cuidados com o emocional

O pós-parto é um período em que muitas mulheres se olham no espelho e não se reconhecem. A barriga está flácida, as mamas cheias e às vezes doloridas, as pernas inchadas. Por isso, zelar pela autoestima é essencial. Como? Uma estratégia bem-sucedida é dar um trato no visual. Evite ficar de pijama ou camisola o dia todo, mantenha as unhas das mãos e dos pés em bom estado, penteie os cabelos e use os cremes habituais.

Adaptar-se ao novo cenário nem sempre é simples e não é incomum que algumas mães fiquem melancólicas. Os médicos acreditam que as alterações hormonais colaboram para que esse quadro de tristeza mal definida venha à tona. Chamado por eles de baby blues pós-parto, esse estado costuma ser resolvido logo que ocorre a adequação à rotina. Ajuda muito se a mulher tiver algum momento só para ela, conseguir dar uma saidinha, ver gente, ter alguém com quem trocar experiências. Assim, vai perceber que a insegurança que está sentindo é bastante comum nessa fase, mas que tudo será resolvido.

A retomada da vida sexual

Nos primeiros 30 dias depois do parto, os órgãos internos, como o útero, assim como os genitais femininos, estão retornando ao lugar e ao tamanho original. No caso das mulheres que fazem o parto cesariano, a região dos pontos ainda está sensível e dolorida por causa das várias camadas de tecido cortadas. Depois de um mês, e não havendo complicações, é possível retomar a vida sexual. Mas, para que isso seja feito sem receios desnecessários, o ideal é que o casal converse, exponha suas dúvidas e encontre o momento ideal.

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Hemorroidas

Infelizmente, elas são mais comuns do que se imagina. Surgem quando os vasos sanguíneos se dilatam na região do ânus. Após o parto podem ficar salientes. Melhoram com uma alimentação equilibrada e principalmente com a ingestão de muita fibra, que ajuda o intestino a funcionar normalmente.

Quer saber mais? Assista à aula completa:

 

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