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Filha de Pedro Bial contrai catapora mesmo vacinada e mãe dela faz apelo

A pequena Laura de um ano foi contaminada pela doença. "Não vacilem, vacinem", postou a jornalista Maria Prata.

Por Flávia Antunes
Atualizado em 28 out 2019, 12h49 - Publicado em 28 out 2019, 12h40

Imaginar o pequeno cheio de bolinhas vermelhas pelo corpo é o pesadelo de muitos pais. Apesar da cena assustar, ela não é tão rara assim: a varicela, conhecida popularmente por catapora, é uma das doenças mais comuns em crianças menores de 10 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de 90% dos adultos são imunes, pois já a contraíram em alguma época da vida.

Quem passou por esse susto recentemente foi a família de Pedro Bial. Sua filha, Laura, do casamento com a jornalista Maria Prata, tem apenas um ano e apareceu com catapora no último sábado (26). A doença rendeu um apelo da mãe nas redes sociais, já que a menina recebeu o diagnóstico mesmo tendo sido vacinada.

Na postagem, Maria deu sua opinião e alertou os pais para a importância da vacinação. “Laura pegou catapora. Está bem branda, porque ela tomou vacina. Não coça, não tem febre. Mas ela pegou porque o vírus está aí, de volta, soltinho, assim como o do sarampo, que está matando bebês, e de tantas outras doenças ainda mais sérias que estão voltando junto à onda de pais que decidem por não vacinar seus filhos“, disse.

“Lembrem: ao não vacinar seus filhos, além de estarem optando por deixá-los correr riscos enormes, vocês estão também decidindo pela possibilidade de contagiar outras crianças. Laura tem sorte, é vacinada. Mas bebês mais novos, que ainda não foram vacinados, crianças com câncer, que sequer podem ser vacinadas, e outros tantos perfis (de adultos e crianças) também são afetados pela decisão de quem opta por não vacinar os próprios filhos. Não vacilem, vacinem”, escreveu ela.

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NÃO VACILEM, VACINEM

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“Não vacilem, vacinem”

A catapora é uma infecção altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. Os principais sintomas são febre baixa a moderada e lesões na pele, que aparecem como vesículas ou bolhas avermelhadas e incômodas.

Além do desconforto da doença, a varicela pode trazer outras dificuldades. A criança infectada pode precisar de consultas médicas, de remédios, e dependendo do caso, hospitalizações. A infecção também leva o pequeno a se afastar dos estudos e do convívio social, além de demandar uma atenção maior por parte dos pais ou cuidadores. 

Embora seja benigna quando se manifesta durante a infância (após 1 ano de idade), a vacina impede que a doença se dissemine pelo organismo e eventualmente provoque complicações como pneumonia, hepatite, encefalite e outras infecções bacterianas secundárias. Como a própria mãe afirmou na publicação, a vacinação preveniu que Laura tivesse um quadro mais grave. “Está bem branda, porque ela tomou vacina”, disse.

Segundo as Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) de 2019/2020, a vacina deve ser administrada em duas dosagens. Aos 12 meses, na mesma visita, a criança deve receber a primeira dose da tríplice viral e varicela em administrações separadas (SCR + V) ou com a vacina quádrupla viral (SCRV). 

Em seguida, a partir dos 15 meses de idade, a segunda dose de tríplice viral e varicela pode ser aplicada, preferencialmente com vacina quádrupla viral, mantendo intervalo de três meses da dose anterior de SCR, V ou SCRV.

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Desde 2017, a idade máxima para tomar essa vacina passou de 2 anos para 5 anos incompletos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias).

A queda no índice de vacinação é um dado preocupante. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de julho de 2019, 20 milhões de crianças não foram vacinadas contra o sarampo e outras doenças perigosas em todo o mundo. Desde 2010, a cobertura da tríplice bacteriana (que barra difteria, tétano e coqueluche) está estagnada em 86% — o ideal para garantir proteção a todos é 95%. 

As doses contra a poliomielite e rubéola também estão na lista de coberturas abaixo de 90%. Desde 2017, as entidades de saúde do mundo alertam para o risco de doenças já erradicadas voltarem a fazer estragos. Algumas delas têm consequências sérias, como morte, paralisia infantil e malformações congênitas.

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