Parto normal: dúvidas, vantagens e como a recuperação funciona

Entenda como funciona o parto sem necessidade de cirurgia

Por Redação Pais e Filhos
9 jan 2025, 12h00
Mulher em parto normal
 (wavebreakmedia_micro/Pixabay)
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O parto é um dos momentos mais marcantes na vida de uma mulher. Embora, tecnicamente, ele seja apenas a expulsão do bebê do útero, o significado desse ato vai muito além. Trata-se do início de uma nova vida, o primeiro passo de um ser humano no mundo. O assunto, muitas vezes, gera dúvidas, medos e até polêmicas, principalmente quando se fala do parto normal. Muitas mães, entre elas, questionam se a dor é insuportável, se a recuperação é rápida e quais são as vantagens desse tipo de parto. Vamos esclarecer alguns desses pontos:

O que é o parto normal?

O parto normal é aquele em que o bebê nasce por via vaginal, sem a necessidade de cirurgia. Durante o trabalho de parto, a mulher participa ativamente do nascimento, e o bebê nasce naturalmente, com a ajuda do médico ou da equipe obstétrica. Embora o parto possa ser doloroso, existem opções para aliviar o desconforto, como a analgesia (geralmente raquidiana ou peridural), que pode ser administrada durante as contrações.

Em comparação com a cesariana, o parto normal tende a ser menos invasivo e possui uma recuperação mais rápida. Além disso, as complicações pós-parto, como infecções e hematomas, são menos comuns. Porém, a experiência de cada mulher é única, e a decisão sobre o tipo de parto deve ser tomada com o auxílio de um profissional de saúde.

O parto normal é a melhor opção?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o parto normal como a melhor opção para a maioria das mulheres, já que é o processo fisiológico natural e envolve menos riscos. Cerca de 80% das mulheres, com uma gestação saudável, estão fisicamente aptas para tentar o parto vaginal. No entanto, a escolha do tipo de parto deve ser feita pela gestante, com base nas informações que ela recebe ao longo da gravidez, considerando suas preferências, condições de saúde e o parecer do médico. É importante lembrar que, embora o parto normal seja recomendado pela OMS, a experiência de cada mulher é distinta. Algumas podem optar pela cesariana ou enfrentar complicações que impeçam o parto vaginal. O mais importante é que a decisão seja tomada com segurança e apoio da equipe médica.

Quais são as vantagens do parto normal?

O parto normal tem várias vantagens, tanto para a mãe quanto para o bebê. Uma das principais é a recuperação mais rápida. Como o parto normal é menos invasivo que a cesariana, a mulher pode começar a retomar suas atividades diárias mais cedo. Além disso, o parto vaginal apresenta um risco menor de infecção pós-parto, a principal causa de mortalidade materna. Estudos mostram que as mulheres que têm parto normal têm 2,5% menos chances de infecção em comparação com as que fazem cesariana.

Outro benefício do parto normal é a maior facilidade para iniciar a amamentação. O parto vaginal costuma facilitar o contato imediato entre mãe e filho, favorecendo o vínculo e o início da amamentação. O bebê também pode ter uma recuperação mais rápida, pois o processo de nascimento, ao passar pelo canal de parto, ajuda a expulsar líquidos dos pulmões, preparando-o melhor para respirar.

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Porém, também existem desafios. Algumas mulheres podem sentir dor intensa durante as contrações, embora esta possa ser controlada com anestesia. Além disso, o parto pode durar várias horas, e em algumas situações, podem ocorrer complicações, como distensão do períneo ou lacerações.

Como lidar com a dor?

Uma das maiores preocupações de quem opta pelo parto normal é a dor. O trabalho de parto é dividido em três fases, e a intensidade da dor varia conforme a dilatação do colo do útero. Na primeira fase, as contrações começam suaves e aumentam de intensidade à medida que a dilatação progride. A dor, comparada a uma cólica forte, é suportável, mas pode intensificar-se conforme o tempo passa.

A segunda fase, com contrações mais frequentes, pode ser mais desconfortável. Muitos médicos recomendam a analgesia nesse momento para proporcionar alívio. Por fim, na terceira fase, a mulher precisa fazer força para expulsar o bebê. Apesar de ser o momento culminante, a dor pode ser controlada e, após o nascimento do bebê, o alívio é imediato.

Como é a recuperação?

A recuperação após o parto normal costuma ser mais rápida do que a de uma cesariana. Na maioria das vezes, a mulher pode se levantar e caminhar uma hora após o parto. O sangramento vaginal, comum nas duas opções de parto, é mais discreto e diminui após alguns dias. Além disso, o periné (área entre a vulva e o ânus) se recupera rapidamente, e muitas mulheres não têm problemas com incontinência ou perda de sensibilidade.

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Nos primeiros dias após o parto, algumas mulheres podem sentir cólicas uterinas, que são mais intensas durante a amamentação, mas a dor é controlada com medicamentos. O tempo de recuperação total varia, mas geralmente, as mães se sentem bem em uma semana ou mais.

O momento de ir para o hospital

O momento certo de ir ao hospital ocorre quando começam as contrações regulares, de cinco em cinco minutos, ou quando há o rompimento da bolsa. Nesse momento, é importante entrar em contato com o médico e ir para a maternidade, onde o processo de monitoramento e preparação para o parto começará.

Durante o trabalho de parto, a mulher será monitorada e poderá receber a analgesia, caso deseje. Quando o bebê estiver pronto para nascer, a parte final do processo acontecerá rapidamente, e a mãe poderá amamentá-lo logo após o nascimento, o que é altamente recomendado para fortalecer o vínculo e ajudar na recuperação.

O que é o parto humanizado?

O parto humanizado busca tornar o processo mais natural e com menos intervenções médicas, respeitando os desejos da mulher. Essa abordagem visa proporcionar um ambiente acolhedor e seguro para a mãe e o bebê, permitindo que a gestante tenha maior controle sobre a posição do parto, o ambiente e os acompanhantes. O parto humanizado não depende da técnica utilizada, mas sim da forma como a gestante é tratada e acolhida ao longo do processo.

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Consultoria: Flávio Garcia de Oliveira, ginecologista e obstetra

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