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Parto na água: saiba quando essa opção pode ser indicada

Aliada no alívio da dor e do desconforto do parto, prática requer cuidados para garantir saúde da dupla mãe e bebê

Por Valentina Bressan
25 jul 2024, 07h00

Parir na água se tornou uma opção muito popular nos últimos anos. A prática pode garantir um parto com menor dor e maior conforto para as gestantes, mas ainda faltam evidências científicas para fortalecer a recomendação dessa técnica.

A imersão durante a primeira fase do parto pode ajudar a diminuir a chance de uso de anestesia epidural. Para o bebê, nascer na água pode ser mais natural, já que o feto estava em um ambiente repleto de líquido no útero da mãe.

Em todo caso, são necessários alguns cuidados para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê em um parto na água. Confira vantagens e contraindicações desse tipo de técnica.

Vantagens do parto na água

A saúde e a condição da mãe e do bebê são os fatores primordiais na hora de recomendar ou não um parto na água. Quando há baixo risco de complicações, a imersão na água pode ajudar a controlar a dor das contrações e trazer maior conforto.

Na água, diferentes posições e movimentos podem ajudar a mãe a passar pelas contrações de forma mais relaxada. A água morna é como um analgésico não-farmacológico: alivia a dor e pode acelerar o tempo de parto.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a escolha da mãe sobre o local de parto seja respeitada, desde que parta de uma escolha bem informada. A assistência obstétrica deve ser sempre fornecida.

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Ainda existem poucos estudos científicos comparando o parto na água com o parto convencional. Dá para afirmar que a água reduz o uso de epidural durante o parto, mas não há comprovação de efeitos sobre o uso de fórceps, a ocorrência de cesariana ou o risco de lacerações.

Para ter um parto de imersão, é preciso garantir que não existam infecções vaginais, uretrais ou de pele e que os sinais vitais da mãe e do feto estejam estáveis. É recomendado entrar na água quando houver ao menos 3 centímetros de dilatação. O trabalho de parto deve ser espontâneo e a posição do bebê deve estar adequada.

Quais as contraindicações?

Gestações de risco não podem realizar o parto na água. Quando há diminuição dos batimentos cardíacos da criança, é preciso recorrer a um parto convencional. O monitoramento cardíaco do bebê precisa ser feito regularmente durante qualquer tipo de parto.

Não é possível aplicar epidural em um parto na água. É preciso deixar a banheira ou piscina para receber esse tipo de anestesia.

Condições que levam à contraindicação do parto na água incluem:

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Outro ponto importante é avaliar a capacidade de mobilidade da mãe. Caso haja alguma restrição, o parto na água pode ser contraindicado porque, na situação de uma emergência, é preciso que uma rápida saída da banheira seja possível.

A higiene da banheira também é importante. Porém, com as medidas sanitárias adequadas, não costuma haver riscos de infecção. Além disso, a temperatura da água deve ser monitorada durante todos os estágios do parto.

Na fase expulsiva, o bebê deve permanecer aquecido. Se a criança nascer submersa, é preciso retirá-la da água com cuidado e enrolá-la em uma toalha.

A mãe também deve ser retirada da água para avaliar risco de sangramento após o parto. A recomendação é de que a expulsão da placenta seja feita fora da água.

Algumas alternativas para quem não pode ter o bebê na água são utilizar uma bola de pilates para facilitar os movimentos e ficar embaixo de um chuveiro com água morna.

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Qualquer parto precisa ser acompanhado por um médico responsável. Na água, há riscos de infecção e dificuldade em avaliar perda de sangue em casos de hemorragia. A laceração no períneo pode ocorrer tanto no parto de imersão quanto no parto convencional.

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