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Meu terceiro positivo

Uma preocupação recorrente de quem têm filhos com uma grande diferença de idade é oferecer a atenção que cada um precisa. Confira o depoimento de uma mãe que fala sobre isso e como concilia todas as tarefas do seu dia-a-dia.

Por Luísa Massa
Atualizado em 26 out 2016, 11h45 - Publicado em 22 jun 2015, 09h44

Camilla Junqueira, 37 anos, é mãe da Giulia, de 13 anos, do Bruno, de 9 anos, e do João Francisco, de 1 ano, e idealizadora do Instagram Mãe De Três. Aqui, ela fala sobre os diferentes tipos de cuidados que os seus filhos exigem. Veja!

“Fui mãe pela primeira vez aos 23 anos. Confesso que ainda era um pouco imatura e cuidar da minha filha era como se eu estivesse brincando com uma boneca. Após quatro anos, fiquei grávida novamente e dessa vez, encarei a maternidade com mais segurança e amadurecimento. Nove anos depois de ter o segundo filho, fui surpreendida com outro positivo: eu estava esperando meu terceiro bebê. Muitas pessoas se aproximam de mim e dizem que me acham corajosa, mas até hoje eu fico pensando: será que a palavra certa é realmente essa? Acredito que, assim como eu, algumas pessoas nascem com o dom de ser mãe.

Quando descobri a terceira gravidez, eu tinha muito medo de não dar conta de todas as tarefas e também temi que os meus filhos ficassem enciumados com a chegada do bebê. A Giulia, a mais velha, não demonstrou que estava com ciúmes da nova situação. Muito pelo contrário: ela até quis ajudar a cuidar do pequeno e observei que um instinto de “mãezinha” surgiu.  Já o Bruno – filho do meio, que tinha sido caçula por muitos anos – sentiu muito, mas eu e meu marido fizemos de tudo para que ele não se sentisse rejeitado.

Minha rotina com três filhos é bem corrida. Além de todas as tarefas habituais que as mães exercem, no meu dia-a-dia converso sobre namoricos, amizades e escolha da profissão com a mais velha. Dando uma pausa, falo sobre vídeo game e os jogos de futebol do time favorito do filhote do meio. Para terminar, também tem as brincadeiras para estimular o desenvolvimento e os passeios de carrinho para o bebê tomar o sol da manhã. Essa correria toda é bem intensa, mas não há nada mais recompensador do que isso.

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Quando eu decidi que teria três filhos, jamais imaginei que a diferença de idade entre eles fosse tão grande, mas com a maternidade, aprendi a ser mais paciente e aceitar que muitas coisas não dependem de nós. Hoje, consigo compreender que tudo aconteceu no momento que deveria acontecer e posso dizer que eu não mudaria nada – apesar de ser muito cansativo, ser mãe foi a melhor coisa que me aconteceu!

Não é fácil ter que lidar com universos e idades tão diferentes dentro da mesma casa, afinal, cada filho tem sua necessidade e todos precisam de mim – às vezes, ao mesmo tempo. Mas aprendi a me dividir entre eles, para que ninguém se sinta rejeitado. Não é sempre que tudo dá certo e, como toda mãe, tenho os meus momentos e falho. Confesso que me sinto fracassada em algumas situações, mas imediatamente tento me recuperar, pensar que eu estou dando o meu melhor e me dedicando o máximo que posso aos meus filhos.

Sabe quando a gente escuta que ser mãe é parecer um polvo? É realmente assim que eu me sinto. Enquanto estou dando jantar para o bebê, estou tentando ajudar o filho do meio a fazer a lição de casa e também estou conversando com a mais velha sobre a festinha que ela quer ir no final de semana. É corrido, mas muito gratificante. Com o tempo, aprendi a me organizar da melhor maneira possível para que tudo flua bem na casa. Também tento dividir o meu tempo para dar atenção exclusiva para cada um deles – nem que seja 15 minutinhos. Comecei a reparar que isso surtiu um bom enfeito no nosso relacionamento. Assim como outras mães, eu me considero muito guerreira. Diferente do que muitas pessoas pensam, criar três filhos não é uma das tarefas mais fáceis, mas aprendi que entre erros e acertos, estamos vivendo experiências incríveis juntos, que todos nós levaremos para o resto das nossas vidas. Depois que me tornei mãe, me sinto completa e até hoje me pergunto como vivi tanto tempo sem esse amor, que é incondicional e eterno!”

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