Continua após publicidade

Gêmeas siamesas viajam 15 horas para fazer cirurgia de separação

Anick e Destin nasceram em uma pequena vila no Congo, sem estrutura médica, e enfrentaram uma longa jornada para terem chances de sobreviver. Saiba mais!

Por Fernanda Maranha
16 out 2017, 18h15

Gêmeos siameses são extremamente raros – estima-se que a incidência seja de um a cada 200 mil nascimentos. E quando acontece, a notícia costuma rodar o mundo! O caso mais recente é de duas meninas africanas que vieram ao mundo em uma pequena vila, chamada Muzombo, na República Democrática do Congo.

Se não bastasse o fato de terem os corpinhos coligados, os bebês ainda nasceram numa região sem qualquer assistência médica para acolhê-los. Por isso, segundo reportou a BBC, as recém-nascidas precisaram enfrentar uma longa viagem de mais de 15 horas – e 1.400 quilômetros percorridos – para realizar a cirurgia de separação e, assim, terem chances de sobreviver.

As pequenas, chamadas Anick e Destin, nasceram de parto normal com 37 semanas de gestação. Ao perceberem a condição das garotas, os pais Claudine Mukhena e Zaiko Munzadi colocaram as filhas na garupa de uma moto e partiram em busca de algum auxílio médico. Após essa jornada, que incluía trechos com estrada estreita em meio à floresta, a família finalmente chegou ao hospital mais próximo, na cidade de Vanga.

O problema é que esse local não possuía os equipamentos necessários, muito menos um médico especializado para que a complexa cirurgia de separação fosse realizada. Com a ajuda de uma companhia aérea humanitária, as meninas foram, então, transferidas para a capital do país, Kinshasa, onde receberam o atendimento adequado e, enfim, tiveram seus corpos separados.

Continua após a publicidade

De acordo com Junior Mudji, médico responsável por Anick e Destin no primeiro hospital em Vanga, as baixinhas estavas grudadas, mas não compartilhavam nenhum órgão – o que reduz os riscos e contribui para a recuperação delas. Segundo os especialistas que estão acompanhando o caso, agora as pequenas estão bem e serão monitoradas pelo hospital por cerca de três semanas.

 

Publicidade