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Depressão pós-parto pode aparecer meses após o nascimento do bebê

Em estudo, cientistas americanos viram que mulheres que não apresentavam os sintomas logo depois de dar à luz tornaram-se depressivas meses mais tarde.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 22 fev 2017, 18h51 - Publicado em 29 jun 2015, 16h02

O nome já diz muito sobre o problema: logo após o parto, a mulher pode enfrentar um quadro grave de depressão. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental, nos Estados Unidos, cerca de 15% das novas mamães enfrentam esse quadro de tristeza profunda – que costuma surgir entre uma semana e um mês após a chegada do bebê. Mas, de acordo com uma pesquisa recente do Centro Médico Olmsted, também em território americano, a depressão pós-parto (DPP) não só pode surgir meses depois do nascimento da criança como também afetar mulheres que não se mostraram propícias a desenvolver a doença ao darem à luz.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram 1 432 pacientes que haviam acabado de ganhar neném e que não apresentavam nenhum tipo de depressão. As voluntárias informaram a frequência com que sentiam tristeza, falta de apetite, vontade de se machucar e outros sinais depressivos clássicos. Aquelas que manifestassem maior número de sintomas diariamente eram consideradas mais vulneráveis a desenvolverem a DPP.

Na primeira etapa da avaliação – que ocorreu entre quatro e 12 semanas após o parto -, nenhuma das mamães estava sob risco de ter o problema. Seis meses depois do nascimento do bebê, 10,9% das participantes se mostraram depressivas. Após um ano, esse número subiu para 16,9%.

Embora os pesquisadores não tenham investigado outros fatores que contribuem para que a DPP apareça, como obesidade e violência, eles concluíram que avaliar a mulher com frequência no primeiro ano após o nascimento do bebê pode ser uma forma de diagnosticar mais casos de depressão. Por isso, fique atenta: se você ou algum parente próximo perceber algum sintoma, mesmo que um bom tempo após a chegada do seu filho, procure um especialista.

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