Cefaleia pós-raqui: sintomas, tratamento e o que você precisa saber sobre a condição

Essa complicação comum acontece após aplicação da anestesia raquidiana para o parto

Por Redação Pais e Filhos
10 fev 2025, 17h00
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 (wavebreakmedia_micro/Freepik/Reprodução)
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A cefaleia pós-raqui é uma complicação bastante comum e pouco conhecida. A seguir, vamos entender melhor o que é a cefaleia pós-raquianestesia, por que ela acontece e como se trata a condição.

O que é a cefaleia pós-raquianestesia?

A cefaleia pós-raquianestesia é uma dor de cabeça que pode ser muito intensa, principalmente na região de trás da cabeça e do pescoço (região occipital). Esse tipo de dor tende a piorar quando a pessoa se levanta e diminui quando ela está deitada. A condição pode ocorrer após o uso da raquianestesia, procedimento utilizado frequentemente no parto, onde a agulha é inserida na região lombar para administrar a anestesia.

A cefaleia pós-raquianestesia ocorre quando há uma punção lombar durante o procedimento. No entanto, ele explica que, atualmente, as agulhas utilizadas são muito mais finas do que antigamente, o que reduz a possibilidade da ocorrência da dor.

Quais são os sintomas da cefaleia pós-raquianestesia?

Além da dor intensa na cabeça e pescoço, a cefaleia pós-raquianestesia pode provocar outros sintomas, como dor na nuca, zumbido nos ouvidos, tontura e rigidez no pescoço. A boa notícia é que a condição costuma ser autolimitada, ou seja, tende a desaparecer sozinha em até sete dias, normalmente começando entre 24 e 48 horas após o parto.

O tratamento é simples e geralmente inclui medicamentos como analgésicos, cafeína, e o uso de um medicamento chamado decadron, além de uma hidratação abundante para ajudar a aliviar os sintomas. Em casos raros, quando o tratamento inicial não é eficaz, podem ser usados outros medicamentos mais invasivos, sempre sob a orientação do médico.

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Por que a cefaleia pós-raqui acontece durante o parto?

A principal causa da cefaleia pós-raquianestesia no momento do parto está no uso da raquianestesia, que é comum para anestesiar as mulheres durante a contração das dores do parto. Como o procedimento envolve a inserção de uma agulha na região lombar, o risco de ocorrência da cefaleia aumenta, mas é importante saber que a condição não traz sequelas para a mãe nem para o bebê.

Embora o problema possa ser desconfortável, ele não representa um risco para a saúde a longo prazo, nem afeta o bebê, desde que tratado adequadamente.

Toda mãe pode ter cefaleia pós-raqui durante o parto?

Sim, qualquer mãe pode desenvolver a cefaleia pós-raquianestesia, embora algumas mulheres apresentem maior predisposição a essa condição. Mulheres com dificuldades de punção, como aquelas com sobrepeso, patologias na coluna ou que apresentam dor intensa durante o trabalho de parto, têm maior chance de desenvolver esse tipo de dor. Nestes casos, o obstetra deve avaliar a possibilidade de cefaleia pós-raqui e encaminhar a paciente ao anestesista para que a situação seja monitorada e tratada de forma adequada.

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Como tratar a cefaleia pós-raquianestesia?

O tratamento da cefaleia pós-raquianestesia normalmente inclui o uso de analgésicos e a ingestão abundante de líquidos, especialmente água, para ajudar a aliviar a dor. A aplicação de medicamentos específicos, como a cafeína ou o decadron, pode ser recomendada para acelerar a recuperação. Em casos mais graves, em que a dor persiste, um tratamento mais invasivo pode ser necessário.

Consultoria: Dr. Bruno Gama Neves, anestesista 

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