Bebês prematuros também podem se beneficiar do parto natural: entenda o motivo

Entenda mais sobre o parto prematuro e estudo que avalia condições deste tipo de procedimento

Por Redação Pais e Filhos
20 abr 2025, 17h00
Bebê prematuro sendo alimentado com leite
 (Arrow/Getty Images)
Continua após publicidade

Um novo estudo revelou que o parto natural pode trazer benefícios importantes até mesmo para bebês prematuros. Pesquisadores identificaram que a cesárea pode influenciar no desenvolvimento pulmonar dos recém-nascidos, aumentando o risco de problemas respiratórios.

A pesquisa, conduzida pela escola de medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, analisou 2.560 bebês nascidos prematuramente e com tamanho abaixo do esperado durante a gestação. Os resultados apontaram que aqueles que nasceram por cesárea antes da 34ª semana tinham 30% mais chances de desenvolver síndrome do desconforto respiratório em comparação aos bebês que nasceram de parto normal no mesmo período gestacional.

Por que a cesárea pode afetar a respiração do bebê?

O parto natural envolve um processo fisiológico que ajuda a preparar o bebê para respirar fora do útero. Durante o trabalho de parto, ocorrem contrações que estimulam a liberação de hormônios e auxiliam na eliminação do líquido presente nos pulmões do bebê. Esse processo contribui para que os pulmões funcionem melhor após o nascimento.

No caso da cesárea, principalmente quando realizada antes da 34ª semana, esse estímulo pode não acontecer da mesma forma, deixando os pulmões do bebê menos preparados para a respiração. Isso aumenta o risco de síndrome do desconforto respiratório, uma condição que pode exigir suporte ventilatório nos primeiros dias de vida.

O impacto do parto prematuro na saúde do bebê

O parto prematuro, que ocorre antes da 37ª semana de gestação, é uma das principais causas de complicações e mortalidade neonatal. Estima-se que cerca de um milhão de bebês morram anualmente em todo o mundo por nascerem antes do tempo.

Continua após a publicidade

Mesmo os que sobrevivem podem enfrentar desafios ao longo da vida, como:

  • Problemas respiratórios crônicos
  • Dificuldades de aprendizado
  • Atrasos no desenvolvimento neurológico
  • Maior risco de doenças cardíacas na vida adulta

Essas complicações reforçam a importância de permitir que a gravidez se desenvolva até o final, sempre que possível.

Continua após a publicidade

A recomendação para evitar partos prematuros desnecessários

A organização March of Dimes, que atua na pesquisa e prevenção de partos prematuros, recomenda que, quando a gestação ocorre sem complicações que exijam um parto antecipado, a mãe espere pelo trabalho de parto natural ou pelo menos até a 39ª semana de gravidez.

Muitos órgãos, incluindo pulmões e cérebro, continuam se desenvolvendo até esse período. Um parto precoce pode impedir que o bebê tenha o amadurecimento necessário para enfrentar os desafios da vida fora do útero.

O que considerar na escolha do tipo de parto?

Cada gestação é única, e a decisão entre parto normal e cesárea deve ser tomada com base na saúde da mãe e do bebê. Em alguns casos, a cesárea é indispensável para evitar riscos graves. No entanto, quando não há indicação médica, permitir que o parto ocorra naturalmente pode trazer benefícios para o recém-nascido, especialmente em relação à saúde pulmonar.

Continua após a publicidade

O acompanhamento médico durante toda a gravidez é essencial para avaliar os riscos e tomar a melhor decisão para mãe e bebê.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.