Asfixia perinatal: entenda os riscos, causas e a importância do acompanhamento no parto

Conheça melhor a asfixia perinatal e saiba como evitar

Por Redação Pais e Filhos
20 dez 2024, 09h00
bebe nascendo
 (PHDG/Thinkstock/Getty Images)
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A asfixia perinatal é uma das principais causas de mortalidade e lesões graves em recém-nascidos no mundo. Essa condição ocorre quando o bebê sofre falta de oxigênio logo após o nascimento ou nos primeiros minutos de vida. No Brasil, estima-se que entre 15 a 20 mil bebês nasçam com asfixia perinatal todos os anos, o que representa aproximadamente 2 casos a cada hora. Com o acompanhamento adequado, muitos desses casos podem ser prevenidos ou tratados de forma eficaz. Reunimos os principais pontos sobre a asfixia perinatal, suas causas e como a presença de profissionais capacitados no parto pode fazer a diferença: 

O que é a asfixia perinatal?

A asfixia perinatal é caracterizada pela insuficiência de oxigênio no recém-nascido, o que pode ocorrer devido a uma série de complicações, tanto no final da gestação quanto no parto. Quando o oxigênio não chega em quantidade suficiente ao bebê, é possível que os tecidos cerebrais e outros órgãos sejam afetados, trazendo sérias consequências para a saúde da criança. Essa falta de oxigenação pode estar associada a fatores como descolamento prematuro da placenta, rompimento do útero e problemas com o cordão umbilical.

Riscos e complicações da asfixia perinatal

A asfixia perinatal é uma condição crítica e que, quando não tratada a tempo, pode levar a danos permanentes no cérebro e em outros tecidos do corpo do recém-nascido. Em casos de asfixia prolongada, há risco de paralisia cerebral, condição que afeta o desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Segundo especialistas, embora os riscos sejam altos, o acompanhamento adequado durante o parto pode reduzir significativamente as chances de complicações graves. Uma ação rápida e o monitoramento constante da equipe médica ajudam a minimizar os danos e, em muitos casos, podem reverter o quadro a tempo.

Principais causas

A maioria dos casos de asfixia perinatal está relacionada a complicações durante a gestação e o trabalho de parto. As causas genéticas e problemas congênitos, como malformações pulmonares ou cardíacas, representam apenas uma minoria dos casos. Na maioria das vezes, as complicações estão associadas ao funcionamento da placenta, que é o órgão responsável pela troca de oxigênio e nutrientes entre a mãe e o bebê. Situações como o descolamento prematuro da placenta, um nó verdadeiro no cordão umbilical ou o rompimento do útero podem comprometer essa troca e aumentar o risco de asfixia.

A importância do acompanhamento médico e do “minuto de ouro”

O chamado “minuto de ouro” é um momento crítico para a saúde do bebê após o nascimento. Esse primeiro minuto é fundamental, pois é o período em que a equipe médica deve agir rapidamente caso o recém-nascido apresente sinais de asfixia. A presença de um pediatra treinado em reanimação neonatal é essencial para garantir que o bebê receba ventilação e oxigênio adequados caso seja necessário. Com a assistência correta, é possível evitar até 12 óbitos diários relacionados à asfixia perinatal no Brasil. O profissional capacitado pode utilizar técnicas de reanimação, incluindo a intubação, para assegurar a oxigenação necessária e estabilizar o recém-nascido, caso ele apresente dificuldades respiratórias ao nascer.

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Como prevenir a asfixia perinatal?

O acompanhamento médico durante o pré-natal e o parto é a principal forma de prevenção contra a asfixia perinatal. O pré-natal permite que o obstetra monitore a saúde do bebê e da mãe, identificando possíveis fatores de risco. Durante o parto, a escolha de um local seguro, com uma equipe especializada, também é um fator determinante para minimizar os riscos.

Por mais que algumas complicações sejam imprevisíveis, o preparo e a experiência da equipe médica fazem diferença, pois muitas dessas condições podem ser detectadas e tratadas rapidamente. A presença de equipamentos e especialistas em reanimação neonatal é fundamental para garantir que, caso necessário, o bebê receba os cuidados imediatamente.

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