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7 dicas para fazer o desfralde noturno do seu filho

O pequeno vai começar a dormir sem fraldas? Confira orientações de especialistas para que tudo corra bem nessa fase de transição!

Por Luísa Massa
Atualizado em 22 out 2016, 17h17 - Publicado em 19 ago 2016, 14h00

O desfralde é um momento de mudança, que traz desafios tanto para os pais quanto para a criança. Geralmente, a retirada das fraldas noturnas é feita depois das diurnas, quando o pequeno demonstra que tem mais segurança e autonomia para lidar com o xixi e o cocô. E a estação do ano em que esse processo é feito pode, sim, interferir no resultado final. “Em geral, recomendo que os pais façam isso no período do calor porque a criança transpira mais e urina menos. Ela também tende a ficar mais à vontade com menos roupa”, comenta Cynthia Boscovich, psicóloga clínica, psicanalista e membro regular da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana.

É claro que essa não é uma regra, pois os pais vão perceber na prática o que realmente funciona para o seu filho. O importante é ter paciência. “Algumas famílias querem retirar a fralda muito precocemente, mas isso deve acontecer quando a criança começar a perceber que tem o controle do esfíncter”, ressalta Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz Morumbi, de São Paulo. Veja abaixo 7 dicas dos especialistas sobre o desfralde noturno:

1. Observe os sinais do seu filho

Deucee/Thinkstock/Getty Images
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O pequeno mostrará aos pais quando ele estiver pronto para iniciar o processo. “Cada família tem que analisar a criança individualmente. Observe se ela está começando a querer tirar a fralda, se ela se interessa por fazer as necessidades no penico ou mesmo no vaso”, orienta a psicóloga. Perceber que está com vontade de fazer xixi ou cocô e acordar com a fralda seca são sinais que indicam que os baixinhos estão preparados. “Não existe exatamente uma idade certa para retirar a fralda noturna, pois cada criança tem uma maturidade neurológica. Habitualmente, elas dão sinais de que conseguem ter o controle do xixi por volta de 3, 4 anos de idade, mas algumas têm mais e outras menos dificuldade”, explica Cid Pinheiro. O ideal é que a família esteja sempre atenta para notar as necessidades do filho e estimular a retirada das fraldas no momento certo.

2. O desfralde noturno não precisa acontecer junto com o diurno

Para Cynthia Boscovich, os dois tipos de desfralde não precisam necessariamente ocorrer ao mesmo tempo, pois tudo depende de como cada criança vai lidar com a questão. O pediatra Cid Pinheiro orienta que os pais comecem primeiro pelo desfralde diurno, pois a retirada das fraldas noturnas deve acontecer quando o pequeno já estiver treinado e compreender bem a situação. Mais uma vez: fique de olho aos sinais que seu filho apresenta.

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3. Explique para o filhote o que significa essa fase de transição

Ryan McVay/Thinkstock/Getty Images
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É essencial que ela participe e entenda o que está acontecendo. Os pais podem esclarecer isso de forma lúdica, por meio de brinquedos e até mesmo de livrinhos que falam sobre o tema. “É importante que a criança vá tendo consciência, pois ela tem condição de controlar, mas precisa saber o que significa, porque ela é ativa no processo de desfralde. Ela também deve estar motivada para retirar a fralda noturna”, afirma Cynthia Boscovich.

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4. Antes de iniciar o desfralde, avalie o contexto da sua família

Perceba as condições do ambiente familiar e do seu filho antes de incentivá-lo a substituir a fralda pelo troninho. A especialista da SBP destaca que é preciso ver a situação como um todo: “Analise o estado geral da criança, sua saúde física e equilíbrio emocional. Tente não iniciar o desfralde quando ela ganhar um irmãozinho ou quando a mãe viajar, pois o melhor é que isso seja feito no ambiente dela, do jeito que ela está acostumada”. Os pais também devem estar sempre conversando com a escola para que, juntos, eles ajudem o pequeno neste processo.

5. Cama molhada? Prepare-se para os contratempos!

Blanscape/Thinkstock/Getty Images
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Escapadas noturnas vão acontecer e os pais devem se organizar da melhor maneira possível. “As famílias podem sentir dificuldade, pois são semanas ou meses até a criança se adaptar. Recomendo que as camas delas sejam forradas com algo impermeável porque provavelmente os lençóis serão molhados com frequencia”, orienta Cid Pinheiro. Outra dica valiosa nessa etapa é evitar oferecer líquidos cerca de duas horas antes da criança se deitar. “Sempre que ela for para cama, os pais devem levá-la para fazer xixi. Não é necessário acordá-la durante a madrugada porque, assim como nós, ela aprenderá a fazer esse controle. Mas, no começo, os pais podem levá-la para fazer xixi de uma ou duas vezes durante a noite, para que ela esvazie a bexiga”, sugere o pediatra.

6. Tenha calma e encare com naturalidade

O pequeno precisa perceber que os pais estão seguros com a situação, para que ele também se sinta pronto. “Quando há escape, não há má intenção por parte da criança. Às vezes ela não está totalmente preparada e também há pessoas que têm um ritmo mais lento de elaboração do novo”, diz Cynthia Boscovich. Por isso, jamais culpe ou pressione o filhote. “Essa é uma frase de transição. Não tem essa de ter um resultado em 30, 60 dias, pois cada criança é uma. Ser mãe e pai é uma grande felicidade, que vem carregada de responsabilidades e desafios. A família deve compreender que essa etapa faz parte da vida”, lembra Cid Pinheiro.

7. Tente não voltar atrás

Ryan McVay/Thinkstock/Getty Images
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Se possível, não retome o uso das fraldas noturnas quando já tiver iniciado o processo de retirada. “Só em casos de muita dificuldade, que implica num certo desgaste familiar e na relação com o filho, é indicado voltar atrás”, aconselha Cynthia. De qualquer forma, converse com o pediatra do pequeno e, se sentir necessidade, procure a ajuda de um especialista para auxiliar nesse momento.

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