Nomes de bebês inspirados na realeza

Famílias reais ao redor do mundo costumam repetir seus nomes ao longo das gerações – e inspirar homenagens mesmo longe de seus próprios países

Por Maurício Brum
Atualizado em 19 ago 2024, 14h49 - Publicado em 19 ago 2024, 07h00
menina-ruiva-coroa-varinha-quarto-lookstudio-freepik-3
Monarquia britânica é uma das mais famosas da atualidade, com nomes históricos como Elizabeth, Vitória, Harry e William (lookstudio/Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

Há séculos, homenagear membros de famílias reais é uma opção frequente de quem quer nomear um novo bebê. Antes um hábito apenas dos súditos, hoje essa opção se espalha ao redor do mundo, mesmo entre países que não têm mais uma monarquia ativa.

Nomes de bebês inspirados na realeza acabam abrindo um leque de opções ainda maior do que parece, à primeira vista, porque é possível seguir tanto o nome original (no idioma original, por exemplo), quanto sua versão traduzida.

Aqui no Brasil, onde o Império foi encerrado ainda no século 19, a profusão de homenagens segue viva em ruas e escolas – e, embora sejam nomes de uso corriqueiro mesmo sem fazer referência à Casa de Orleans e Bragança, ainda há quem chame seus filhos de Pedro em homenagem aos dois imperadores que tivemos, ou Isabel como memória da princesa que assinou a Lei Áurea.

Monarquia britânica, a mais famosa

Atualmente, não há dúvidas de que a família real mais famosa do mundo é aquela do Reino Unido. A rainha Elizabeth (nome que pode ser traduzido, precisamente, como Isabel) pode até ter morrido recentemente, mas seu nome se tornou um clássico em função do longo tempo de reinado. Algo parecido ocorreu gerações mais cedo com outra monarca famosa, a rainha Vitória.

Hoje, o rei é Charles (pode-se traduzir como Carlos), e outras figuras de destaque na realeza britânica incluem os príncipes William (ou Guilherme) e Harry (ou Henrique). Reis anteriores que também adquiriram certa popularidade foram George (ou Jorge) e Edward (ou Eduardo).

Continua após a publicidade

Nomes masculinos acabam aparecendo mais no noticiário porque têm prioridade na linha sucessória, mas não faltam princesas em terras britânicas. A mais famosa, é claro, é Diana, falecida em 1997, mas também aparecem opções como Anne (ou Ana), Louise (ou Luísa) e Charlotte (ou Carlota).

Outras famílias reais europeias

Fora do Reino Unido, a realeza ainda existe com nomes adaptáveis para o português em boa parte da Europa. É o caso da Espanha, onde você pode se inspirar no rei Juan Carlos (ou João Carlos), que abdicou em 2014, ou seu filho, Filipe, que assumiu na sequência. Nomes de reis anteriores incluem Afonso, e rainhas e princesas têm opções de nomes como Sofia, Cristina ou Elena.

Nos Países Baixos, os nomes geralmente exigem tradução para utilizar sem estranheza no Brasil. É o caso do rei Willem Alexander, que pode virar Guilherme Alexandre. Por outro lado, a rainha consorte nasceu na Argentina, e o nome, embora muito incomum, pode ser utilizado por aqui sem adaptações: Máxima.

Continua após a publicidade

Mais ao norte no mapa, a monarquia dinamarquesa é uma opção menos óbvia. Desde o início de 2024, o rei é Frederik (ou Frederico), após a abdicação de sua mãe, Margrethe (ou Margarida). Já a rainha consorte da Dinamarca, que é australiana, chama-se Mary (ou Maria), enquanto o príncipe herdeiro é Christian Valdemar (ou Cristiano Valdemar).

Imperadores e monarcas fora da Europa

Diversos povos indígenas da atual América Latina tiveram seus próprios monarcas até serem dizimados pela colonização europeia. Nos região dos Andes, governantes históricos do Império Inca — como Atahualpa (1502-1533), que significa “ave da fortuna”, e Túpac Amaru (1545-1572), “serpente resplandescente” — nomearam, anos depois, grandes artistas no continente: o argentino Atahualpa Yupanqui e o estadunidense Tupac Shakur.

Mais ao norte, a capital do Império Asteca, Tenochtitlán, foi nomeada assim em homenagem a Tenoch (“pedra”) — o local hoje é a própria Cidade do México. No filme Pantera Negra 2, o ator mexicano Tenoch Huerta interpretou Namor, o Príncipe Submarino do universo da Marvel.

Se na Antiguidade, a faraó Cleópatra (69 a.C – 30 a.C) ficou conhecida como a “rainha do Egito”, outra monarca africana também fez história em uma época mais recente: a rainha Jinga (1581-1663), de Angola, foi soberana por quatro décadas numa época em que os portugueses tentavam se apoderar do território angolano — por isso, nos anos 1960 e 1970, a figura de Jinga foi usada como símbolo do movimento de independência do país.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.