Progesterona e estrogênio: quando reposição é recomendada na gravidez?

Os níveis desses hormônios essenciais para a saúde das mulheres tendem a aumentar naturalmente ao longo da gestação

Por Gabriel Bortulini
19 nov 2024, 19h02
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O estrogênio ajuda a controlar a ovulação, enquanto a progesterona prepara o útero para a implantação e desenvolvimento do embrião (DC Studio/Freepik/Reprodução)
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O estrogênio e a progesterona são hormônios fundamentais para a saúde das mulheres. Entre outros fatores, são importantes para a regulação dos ciclos menstruais, para a fertilidade e manutenção de uma gravidez saudável.

Porém, nem sempre esses hormônios atuam em conjunto: cada um deles influencia o organismo de uma maneira, exercendo diferentes funções no corpo e na fisiologia das mulheres.

Diferenças entre progesterona e estrogênio

A progesterona é imprescindível para que a gestação seja saudável e se mantenha. Uma das principais funções desse hormônio é oferecer um ambiente propício para a implantação e desenvolvimento do embrião no útero.

A progesterona atua após a ovulação, quando o útero se prepara para receber o óvulo fecundado. Sua importância inclui funções essenciais como:

  • Engrossamento do endométrio;
  • Transporte de nutrientes para o feto;
  • Bloqueio de contrações precoces do útero.
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Por sua vez, o estrogênio (que é, na verdade, um conjunto de hormônios) é responsável por controlar a ovulação e conferir as “características femininas” às mulheres durante a puberdade. O desenvolvimento de seios maiores e de quadris mais largos em comparação aos homens, com um maior acúmulo de tecido adiposo nas coxas e glúteos, por exemplo, são decorrentes da ação do hormônio.

Além disso, o estrogênio é importante para regular outras funções:

  • A saúde óssea;
  • Proteção do sistema cardiovascular;
  • Manutenção da aparência da pele, em geral mais suave e macia nas mulheres.
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É indicado repor o estrogênio durante a gravidez?

Durante a gravidez, os níveis de estrogênio se elevam naturalmente: suas taxas são maiores que em qualquer outro período, o que pode causar algumas alterações no corpo, como maior libido, pele mais seca, paladar e olfato mais apurados, entre outros.

Por conta desse aumento natural dos níveis do hormônio, a reposição de estrogênio não costuma ser indicada durante a gravidez. Aliás, os níveis excessivos podem, inclusive, ser prejudiciais para a saúde do bebê.

Contudo, só um médico poderá orientar os cuidados e possíveis suplementações da melhor forma.

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É indicado repor a progesterona durante a gravidez?

Os níveis de progesterona também costumam se elevar durante a gestação. Diferente do estrogênio, porém, há casos em que a suplementação de progesterona é recomendada por alguns médicos. A sua deficiência pode aumentar o risco de abortos espontâneos, por exemplo.

A reposição de progesterona durante a gravidez pode ser indicada nos seguintes casos:

  • Fertilização in vitro (FIV);
  • Riscos e histórico de aborto;
  • Risco de parto prematuro;
  • Colo uterino curto.

Entretanto, nem sempre a suplementação é recomendada, mesmo nessas situações. A reposição hormonal durante a gravidez deve ser realizada apenas com orientação médica.

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