O que esperar do primeiro trimestre da gravidez: cuidados e exames essenciais
Saiba como se preparar para os primeiros meses da gravidez

O teste deu positivo e, junto com a alegria da novidade, surgem várias dúvidas: “Será que o meu bebê está bem?”, “O que devo fazer agora?”. O primeiro trimestre da gravidez é um período repleto de mudanças, tanto para a mãe quanto para o bebê, e exige cuidados especiais. É também um momento fundamental para o desenvolvimento do feto, com muitas transformações acontecendo no corpo da gestante e no crescimento do bebê.
No entanto, esse período pode trazer alguns desafios, como o risco de sangramentos e abortos espontâneos, que afetam cerca de 15% a 20% das gestações. Por isso, é fundamental realizar acompanhamento médico desde o início. O obstetra é o profissional que poderá monitorar a gestação, fazer os exames necessários e fornecer orientações sobre cuidados essenciais.
Cuidados essenciais para o primeiro trimestre
Durante o primeiro trimestre, a principal recomendação é o acompanhamento médico regular. O uso de ácido fólico, por exemplo, é fundamental, pois ele ajuda a prevenir malformações no feto. A dosagem de ácido fólico deve ser orientada pelo médico.
Além disso, é importante fazer os exames de sangue para detectar doenças como toxoplasmose, sífilis e HIV, uma vez que a detecção precoce dessas doenças aumenta as chances de tratamento eficaz e diminui o risco de transmissão para o feto.
Mudanças no corpo da mulher
O primeiro trimestre da gravidez é marcado por alterações hormonais intensas que afetam o corpo da mulher. Entre os sintomas mais comuns estão a sonolência, o aumento do apetite, e os enjoos, provocados pela progesterona, que podem deixar a gestante mais cansada e com os hormônios alterados.
Com o passar das semanas, o corpo começa a mudar de forma mais visível: o aumento das mamas, o escurecimento das aréolas e, a partir da 12ª semana, o útero começa a sair da pelve e a gestante começa a ter uma barriguinha visível. Essas mudanças são sinais de que o corpo está se adaptando à gestação e se preparando para o crescimento do bebê.
O que você pode ou não fazer no primeiro trimestre
Apesar das muitas mudanças, a maioria das mulheres pode continuar com a sua rotina normal durante o primeiro trimestre, mas com alguns cuidados. Evitar o consumo de cafeína, álcool e tabaco é fundamental para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.
Além disso, saunas e termas devem ser evitadas, assim como o consumo de qualquer quantidade de álcool ou nicotina. Atividades físicas leves, como caminhadas e exercícios moderados, são permitidas, desde que a gestante se sinta confortável, com até três vezes por semana e duração de 40 minutos a uma hora.
Exames importantes no primeiro trimestre
Os exames realizados durante o primeiro trimestre são essenciais para garantir que a gestação esteja ocorrendo de forma saudável. O primeiro ultrassom, realizado por volta da 4ª semana, permite observar o saco gestacional. À medida que as semanas passam, novos exames revelam mais detalhes do desenvolvimento do bebê.
- 6ª semana: é possível ver o embrião e ouvir os batimentos cardíacos.
- 8ª semana: o bebê já começa a ter formas mais definidas, e pode ser realizada a sexagem fetal para descobrir o sexo do bebê.
- 9ª semana: o exame NIPT (DNA Fetal no Sangue Materno) pode ser feito para rastrear síndromes cromossômicas, como a síndrome de Down.
- 10ª a 14ª semana: o exame morfológico do primeiro trimestre tem alta taxa de detecção de síndromes genéticas e outras malformações. Também é possível avaliar o colo do útero para verificar riscos de parto prematuro.
Acompanhamento médico e exames de rotina
Além dos exames laboratoriais e de imagem, o acompanhamento médico no primeiro trimestre é essencial para detectar precocemente qualquer complicação. A avaliação obstétrica inicial, feita por ultrassonografia transvaginal, pode confirmar a presença de um ou mais fetos e verificar a boa implantação do embrião no útero.
Em alguns casos, exames adicionais, como a biópsia de vilo corial, são realizados para avaliar a composição genética do bebê, especialmente quando há risco para síndromes genéticas ou malformações estruturais.