Menino ou menina? Como a genética decide e o que os pais podem esperar do sexo de bebê
Saiba como o sexo do bebê é determinado durante a fecundação e as diferenças entre bebês meninas e meninos

A expectativa pelo nascimento de um bebê vem acompanhada de muitas perguntas, e uma das mais comuns é: será menino ou menina? Se alguns pais preferem manter a surpresa até o parto, outros mal podem esperar para descobrir e começar os preparativos. Essa curiosidade é natural e tem raízes que vêm de tempos antigos, mas hoje a ciência oferece respostas cada vez mais rápidas e precisas.
O papel da genética na definição do sexo
O sexo do bebê é determinado no momento da fecundação. Os óvulos carregam sempre o cromossomo X, enquanto os espermatozoides podem ter o cromossomo X ou Y. Se o espermatozoide que fecunda o óvulo tiver o cromossomo X, o bebê será menina (XX). Se for o cromossomo Y, será menino (XY).
Por volta da 18ª a 19ª semana de gestação, o ultrassom já consegue identificar o sexo do feto com cerca de 95% de precisão. A tecnologia permite que os médicos avaliem a saúde e o desenvolvimento do bebê, e, de quebra, atendam à curiosidade dos pais.
Por que queremos tanto saber o sexo do bebê?
Ao longo da história, o sexo da criança teve grande impacto social e cultural. Em algumas sociedades antigas, ter filhos homens era visto como essencial para a sobrevivência da família, especialmente em atividades como a caça. Já para a nobreza, a ausência de um herdeiro masculino poderia até ameaçar o poder da linhagem.
Atualmente, o desejo de saber o sexo do bebê está mais ligado à curiosidade, à vontade de se preparar e até ao vínculo emocional. Saber se é menino ou menina facilita a escolha do nome, das roupas e até da decoração do quarto.
Expectativas e surpresas ao descobrir o sexo
Mesmo com os avanços científicos, muitas famílias ainda se apegam a crenças e palpites. O formato da barriga, o calendário lunar ou até a ausência de manchas escuras no pescoço da gestante ainda são usados como indicativos do sexo, mesmo sem base científica.
Mas nem sempre a previsão se confirma. Há casos de pais que tinham certeza de que teriam uma menina, mas descobriram no ultrassom que era um menino — ou vice-versa. Esse momento pode ser surpreendente e, para algumas pessoas, até trazer uma leve frustração.
Lidando com expectativas diferentes
É natural sentir uma pontinha de decepção se o sexo do bebê não for o esperado. A psicóloga Sara Rosenquist explica que é importante reconhecer esses sentimentos e conversar sobre eles. Fingir que a frustração não existe pode intensificar a tristeza, especialmente nos primeiros meses de adaptação à nova rotina com o recém-nascido.
Muitos pais relatam que, mesmo tendo preferência inicial por um sexo, essa expectativa logo se dissolve quando o bebê nasce. O vínculo criado no dia a dia, o carinho e as descobertas fazem com que o amor e a conexão sejam o que realmente importa.
As diferenças entre meninos e meninas
Biologicamente, meninos e meninas apresentam algumas diferenças no desenvolvimento. As meninas, por exemplo, tendem a falar mais cedo e são mais sensíveis ao toque e ao carinho, enquanto os meninos costumam ser mais ativos fisicamente e explorar o mundo de forma mais intensa.
Em termos de saúde, as meninas são mais propensas a desenvolver infecções urinárias, enquanto os meninos têm maior risco de hérnias. Já no crescimento, as meninas geralmente atingem metade da altura adulta mais cedo do que os meninos, que costumam crescer por mais tempo durante a adolescência.
Testes de previsão de gênero: vale a pena?
Com a ansiedade de descobrir o sexo do bebê, muitos pais recorrem a testes de farmácia que prometem revelar o gênero ainda no início da gestação. Esses testes analisam a urina ou uma pequena amostra de sangue, mas nem sempre são precisos.
Enquanto os testes de urina verificam a presença de testosterona a partir da 10ª semana, os exames de sangue buscam vestígios do DNA fetal. No entanto, sem o controle de qualidade de um laboratório, os resultados podem ser imprecisos.
A decisão de esperar ou descobrir
Se descobrir o sexo do bebê ajuda muitos pais a se sentirem mais preparados, outros preferem manter o mistério até o momento do parto. Há também quem opte pelo meio-termo: pedir ao médico que escreva o sexo em um cartão e guardar o envelope fechado, para abrir em um momento especial.
Independentemente da escolha, o que realmente importa é a saúde do bebê e o carinho que ele receberá ao chegar ao mundo. Afinal, seja menino ou menina, cada criança é única — e o amor dos pais é o que faz toda a diferença.