Gravidez após os 40 anos: entenda como a fertilização in vitro pode aumentar as chances

Entenda quais as melhores escolhas para gestação após os 40 anos e como priorizar sua saúde nesse processo

Por Redação Pais e Filhos
21 Maio 2025, 12h00
mofles/Thinkstock/Getty Images
 (mofles/Thinkstock/Getty Images/Thinkstock/Getty Images)
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A maternidade após os 40 anos pode ser um grande desafio para muitas mulheres, especialmente devido ao aumento do risco de aborto espontâneo. De acordo com especialistas, a taxa de abortos no primeiro trimestre chega a 40% para mulheres dessa faixa etária. Contudo, com os avanços na medicina reprodutiva, como a fertilização in vitro (FIV), é possível aumentar as chances de uma gravidez saudável, minimizando alguns dos riscos associados à idade.

Como a idade influencia o risco de aborto?

À medida que a mulher envelhece, sua fertilidade diminui, o que impacta tanto nas chances de concepção quanto na saúde do embrião. Segundo o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana, a principal causa do aumento do risco de aborto após os 40 anos está nas alterações cromossômicas dos óvulos. Ele explica que, ao engravidar nessa faixa etária, as chances de o embrião ter alterações cromossômicas são muito maiores, o que pode resultar em aborto espontâneo.

O envelhecimento dos óvulos está associado ao aumento de anomalias genéticas. Óvulos mais velhos tendem a apresentar cromossomos a mais ou a menos, dificultando a implantação ou levando ao aborto. Por isso, é essencial o acompanhamento médico, especialmente para mulheres que desejam engravidar após os 40 anos.

A fertilização in vitro como alternativa para reduzir o risco

A fertilização in vitro (FIV) surge como uma das alternativas mais eficazes para mulheres acima de 40 anos que enfrentam dificuldades para engravidar naturalmente. Nesse processo, os óvulos são retirados e fertilizados em laboratório, e o embrião resultante é transferido para o útero. Essa abordagem oferece maior controle sobre a qualidade do embrião, o que pode reduzir os riscos de aborto espontâneo causados por anomalias cromossômicas.

O Dr. Fernando Prado, especialista em reprodução humana, destaca que a FIV, especialmente em casos de aborto repetido, pode ser complementada com testes genéticos, como o PGT-A (teste genético pré-implantacional). Esse teste permite a detecção de doenças cromossômicas e a seleção de embriões saudáveis, aumentando significativamente as chances de uma gestação bem-sucedida.

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Ovodoação: uma opção para mulheres mais velhas

Para mulheres com mais de 40 anos que não congelaram óvulos na juventude, a ovodoação pode ser uma solução viável. Nessa prática, os óvulos de uma doadora jovem são usados para fertilizar o espermatozoide do parceiro ou de um doador. Isso melhora significativamente as chances de sucesso da FIV, independentemente da idade da mulher que receberá os óvulos.

O Dr. Rodrigo Rosa explica que, ao utilizar óvulos doados, as chances de uma gestação bem-sucedida aumentam, pois a qualidade dos óvulos é um fator determinante no sucesso do processo. No entanto, ele alerta que, mesmo com óvulos doados, não é recomendado tentar engravidar após os 50 anos, devido aos riscos elevados à saúde da mãe, como pressão alta, diabetes gestacional e maior probabilidade de parto prematuro.

O processo de fertilização in vitro e o acompanhamento médico

O processo de FIV é cuidadosamente monitorado e envolve etapas como a estimulação ovariana, coleta de óvulos e fertilização em laboratório. Após a transferência do embrião para o útero, o acompanhamento médico é essencial para confirmar se a gestação foi bem-sucedida. Testes de gravidez, como exames de sangue ou testes caseiros, ajudam a determinar o sucesso da fertilização.

Uma vez confirmada a gravidez, o acompanhamento médico contínuo é fundamental. Apesar de as taxas de aborto serem menores com a FIV e a ovodoação, é importante cuidar da saúde materna e evitar complicações. O Dr. Fernando Prado recomenda que a gestante mantenha hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a verificação dos níveis de vitamina D, para melhorar as chances de uma gestação bem-sucedida e prevenir falhas na implantação do embrião.

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