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Grávida pode andar de avião? Entendas as regras de segurança

Segundo trimestre é período mais seguro para gestantes viajarem de avião. Companhias aéreas têm restrições específicas

Por Valentina Bressan
6 out 2024, 07h00
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A partir da 30ª semana, as companhias aéreas podem exigir documentos adicionais às gestantes ou até impedir a viagem (Freepik/Reprodução)
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Dentre a gama de dúvidas e preocupações que surgem junto de uma gravidez, viajar pode ser uma delas: afinal, grávida pode andar de avião? A resposta é sim – mas só até as 36 semanas de gestação, em geral.

A partir de certa fase da gravidez e em casos de risco, pode ser necessário enviar um atestado médico para o setor de saúde da companhia aérea antes da viagem, mas o prazo varia de acordo com a empresa. Gestações de alto risco têm restrições na hora de viajar.

O primeiro passo é consultar o obstetra responsável e se planejar bem. É importante lembrar que o tempo de gestação são as semanas de gravidez no momento do embarque, não na data da compra da passagem – lembre-se de calcular qual será a idade gestacional no voo de retorno.

Saiba mais sobre os preparativos para uma viagem de avião durante a gravidez.

Quando a grávida não pode viajar de avião?

De forma geral, a etapa mais segura para viajar de avião durante a gestação é no segundo semestre, da 14ª à 28ª semana. Embora não existam restrições, muitas gestantes preferem evitar viajar de avião nos primeiros três meses de gravidez. Isso porque é um período em que o feto ainda está se formando e há mais sintomas, como enjoos.

Em alguns casos, quando há risco para a saúde da grávida e do bebê, as viagens de avião podem ser contraindicadas ou vetadas. Conheça algumas situações em que embarcar durante a gestação não é indicado:

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  • Dores e sangramento vaginal;
  • Gestações múltiplas;
  • Incompetência istmo cervical;
  • Histórico de parto prematuro;
  • Viagens para regiões de grandes altitudes;
  • Gravidez ectópica;
  • Histórico de aborto espontâneo;
  • Anormalidades placentárias;
  • Histórico de pré-eclâmpsia, pressão arterial elevada e diabetes em gestações prévias ou na atual;
  • Anemia gestacional;
  • Quando é a primeira gravidez e a gestante tem mais de 35 anos;
  • Histórico de trombose venosa profunda.

Depois do parto, também recomenda-se esperar ao menos uma semana antes de viajar de avião com o recém-nascido.

Conheça as diretrizes de companhias aéreas brasileiras

Não são solicitados documentos adicionais para embarcar até a 29ª semana nas companhias aéreas Gol, Latam e Azul. A partir da 30ª semana, um atestado médico deve ser apresentado – ou na hora do check-in, ou previamente, de acordo com a empresa.

Das 35 semanas em diante, documentos adicionais podem ser solicitados, como o MEDIF, um formulário emitido até dez dias antes do voo, que deve indicar a origem e o destino da viagem, bem como a data dos voos; o tempo máximo de voo permitido; a data estimada do parto; a idade gestacional; e o parecer médico. Em viagens internacionais, uma tradução juramentada pode ser necessária.

A partir da 38ª semana, a Gol só permite o embarque em situações de necessidade extrema, com o médico responsável acompanhando a gestante. A Azul veta viagens após a 38ª semana. A Latam não permite viagens depois da 39ª semana e define uma restrição adicional para viagens de e para o Peru – que só podem ser feitas até a 36ª semana.

Esses prazos se alteram se a gestação for múltipla (de gêmeos ou mais de dois bebês) e se houver fator de risco. É essencial consultar as políticas da companhia aérea do voo antes de planejar a viagem.

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Como se preparar para uma viagem durante a gestação

Na hora de consultar o obstetra sobre viagens de avião, lembre-se de pesquisar se o destino desejado exige apresentação de cartão de vacinas. Algumas vacinas, que contém fragmentos de vírus ou bactérias, podem ser contraindicadas para gestantes.

Outra preocupação são situações de risco de transmissão de doenças – como malária ou zika vírus, que podem ser especialmente prejudiciais para grávidas.

Marque o endereço de serviços de saúde no mapa do destino e se certifique de que o seguro de saúde contratado – principalmente em caso de viagens internacionais – cobre problemas relacionados à gravidez e parto.

No avião, mantenha o cinto afivelado e tome cuidado para posicionar a faixa abaixo da barriga. Se o voo durar mais de quatro horas, tente movimentar as pernas e caminhar pelo avião de vez em quando e evite roupas apertadas.

Outras dicas são solicitar oxigênio se sentir falta de ar durante o voo; se manter hidratada; e carregar remédio para azia e outros sintomas. Evite comer alimentos que causam gases antes de embarcar, já que podem gerar desconforto no voo.

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