Fome na gravidez: como fazer boas escolhas sem exagerar na quantidade
Mesmo com mais fome durante a gravidez, é preciso optar por comidas saudáveis e em quantidades moderadas

Sentir mais fome ao longo da gravidez é algo comum, principalmente a partir do segundo trimestre. O corpo passa a trabalhar mais intensamente para nutrir o bebê e manter o funcionamento de todos os sistemas da mãe. Com isso, é normal que a vontade de comer aumente. Mas isso não significa que seja necessário dobrar as porções ou se render a qualquer desejo imediato. O segredo está em comer com qualidade e manter o equilíbrio.
Por que a fome aumenta na gravidez
Durante a gestação, o organismo consome mais energia. O aumento do volume sanguíneo, a formação da placenta e o crescimento do bebê fazem com que o corpo precise de calorias adicionais. Além disso, as alterações hormonais também afetam a percepção de saciedade, fazendo com que muitas mulheres sintam fome com mais frequência, especialmente se ficarem muito tempo sem se alimentar.
Apesar disso, o ideal é evitar a ideia de “comer por dois”. O mais importante é escolher alimentos que ajudem a saciar com mais eficiência e contribuam para a saúde da mãe e do bebê.
Como manter a saciedade com alimentos nutritivos
A combinação de proteínas, fibras e gorduras boas é a melhor aliada na hora de controlar a fome. Esses nutrientes mantêm os níveis de energia mais estáveis e retardam o esvaziamento gástrico, o que ajuda a segurar a vontade de comer por mais tempo.
Algumas sugestões práticas de lanches que ajudam a manter a saciedade incluem:
- Abacate: pode ser usado como pasta em torradas ou sanduíches no lugar de manteiga. Contém gorduras saudáveis e ajuda no controle da fome.
- Manga batida e congelada: além de refrescante, é rica em fibras. Pode ser consumida como um sorvete natural.
- Água de coco: hidrata e tem minerais importantes, mas deve ser consumida com moderação, pois contém açúcar natural.
- Mix de castanhas com frutas secas: boa opção para carregar na bolsa, mas é preciso atenção às porções para não exagerar nas calorias.
- Legumes crus com patês saudáveis: cenoura, pepino e tomate-cereja combinam bem com homus ou ricota temperada.
- Queijos leves: cottage ou mussarela de búfala fornecem cálcio e proteína, contribuindo para o desenvolvimento do bebê.
Fracionar a alimentação ao longo do dia — com pequenas refeições a cada três horas — ajuda a evitar picos de fome e melhora o controle sobre o que se consome.
O que evitar na alimentação durante a gravidez
Mesmo que a fome pareça urgente, alguns alimentos devem ser evitados por não oferecerem nutrientes relevantes e, em muitos casos, contribuírem para o aumento de peso excessivo ou retenção de líquidos. Entre os itens que vale deixar de lado estão:
- Macarrão instantâneo: prático, mas com muito sal e quase nenhum nutriente.
- Refrigerantes: ricos em açúcar e sem valor nutricional. Melhor trocar por água com gás e limão ou sucos naturais sem açúcar.
- Sopas de pacote: possuem excesso de sódio. Um caldo caseiro, preparado com legumes frescos, é uma alternativa mais saudável.
- Comidas congeladas industrializadas: geralmente contêm conservantes, excesso de gordura e pouco valor nutritivo. Uma opção é cozinhar em maior quantidade e congelar porções caseiras.
- Biscoitos recheados ou mesmo os integrais industrializados: têm muito açúcar e sal. Em vez deles, prefira snacks feitos com frutas secas ou biscoitos de arroz sem aditivos.
Planejar e manter a rotina faz diferença
Ter sempre opções saudáveis à mão ajuda a evitar escolhas impulsivas. Manter uma fruteira abastecida, preparar lanches com antecedência e carregar uma garrafinha de água são atitudes simples que ajudam no dia a dia.
Mesmo com a fome aumentada, é possível manter uma alimentação variada e equilibrada. Isso contribui para o bom desenvolvimento do bebê e ajuda a mulher a se sentir mais disposta, com menos oscilações de energia ao longo do dia.