Entenda como o lipedema age durante a gestação e como lidar com a condição
Durante a gestação, o desconforto do lipedema pode se intensificar; descubra algumas formas de aliviar essa condição

É normal notar que durante a gestação, as extremidades ficam mais volumosas, o cansaço surge e a forma corporal se modifica, associando a dilatação, a exaustão e as variações corporais ao estado de gravidez. No entanto, em algumas situações, o organismo está dando sinais de algo mais particular, o lipedema, uma condição nem sempre abordada, que pode se manifestar ou se acentuar especialmente neste ciclo de significativas alterações hormonais. É prudente manter a tranquilidade, pois esta particularidade pode ter uma denominação específica e não se resume apenas a uma “característica da gravidez”.
Desvendando o lipedema: além da modificação usual do corpo na gravidez
É importante saber que o lipedema representa uma enfermidade persistente, caracterizada pelo depósito atípico de gordura abaixo da superfície da pele, especialmente nas pernas e nas áreas coxofemorais. É fundamental compreender que esta particularidade não possui nenhuma relação com o incremento de peso que é característico da fase de gravidez. Esta condição vem acompanhada de um sentimento de desconforto, aumento de volume localizado e, em muitas situações, o aparecimento espontâneo de marcas roxas.
Diferentemente do acúmulo de líquidos típico, que habitualmente afeta o organismo de forma mais homogênea, o lipedema apresenta padrões bastante claros. A dilatação progride de maneira simétrica, principalmente nos membros inferiores, e vem acompanhada de um incômodo constante, que se agrava ao toque.
Por que a espera do bebê pode intensificar os sinais?
Durante a gestação, as modificações nos hormônios favorecem o armazenamento de gordura em porções específicas do corpo. Além disso, estas alterações podem tornar os vasos sanguíneos mais frágeis, o que contribui para o surgimento de equimoses e para a exacerbação das manifestações em regiões que já eram impactadas.
Além disso, como a retenção de fluidos é uma ocorrência frequente durante a gravidez, mulheres que já convivem com o lipedema sentem esse efeito de modo ainda mais acentuado. Este excessivo volume de líquidos pode intensificar a pressão sobre os tecidos, aumentar a inflamação local e agravar a sensação de desconforto e peso nas extremidades inferiores.
Reconhecer estes indicadores logo no início faz uma grande diferença. Quanto mais cedo a condição for identificada, maiores serão as chances de controlar os efeitos e evitar complicações no período que sucede o nascimento do bebê.
Estratégias para a gestante aliviar os sintomas no dia a dia
Embora uma intervenção operatória, que seria uma solução definitiva, só possa ser considerada meses após o nascimento, existem sim abordagens para diminuir o desconforto e zelar pelo corpo enquanto se espera o bebê. Estas medidas não trazem a cura dessa condição, mas auxiliam a diminuir os sintomas:
- Meias de compressão suave: auxiliam na circulação e reduzem o volume aumentado.
- Atividades físicas leves: caminhada tranquila ou alongamentos, podem aprimorar a movimentação e diminuir o incômodo.
- Drenagem linfática especializada: quando realizada sob supervisão médica, pode auxiliar na diminuição da retenção de fluidos.
- Dieta anti-inflamatória: reduzir o consumo excessivo de sal e açúcar pode suavizar os efeitos.
Cuidados necessários após o nascimento do bebê
Uma vez ultrapassada a fase mais intensa da gestação, o cuidado sobre a condição continua sendo essencial. Esta é uma particularidade que exige acompanhamento constante, inclusive fora do tempo da gravidez. Seis meses após o parto, a intervenção cirúrgica pode ser vista como uma possibilidade de controle.