Eno na gravidez: pode ou não pode? Descubra o que fazer com a azia
Dicas para evitar azia durante a gestação e quais são as contra indicações de remédios

Sentir uma certa queimação no peito, acompanhada de problemas de digestão, é uma experiência bastante vivenciada por muitas mulheres que estão esperando a chegada de um bebê. Embora essas sensações possam ser verdadeiramente incômodas e causar algum desconforto, é gratificante saber que é totalmente possível encontrar alívio e um maior bem-estar.
Isso pode ser alcançado através de ajustes na alimentação e na forma como se organiza o dia a dia. Por conta desses desafios, muitas futuras mamães naturalmente se questionam se é seguro utilizar produtos populares, como o conhecido “salzinho” de frutas, para tentar aliviar esses aborrecimentos estomacais. A preocupação com a saúde, tanto da mãe quanto do pequeno que está se desenvolvendo, é sempre a principal prioridade.
O sal popular: conhecendo seus detalhes e potenciais cuidados necessários
O “salzinho” que estamos discutindo aqui é, de fato, um produto amplamente conhecido e utilizado no cotidiano, frequentemente usado para diminuir a sensação de acidez no estômago e facilitar a digestão quando ela se mostra mais lenta. Contudo, sua utilização durante todo o período especial da gestação levanta importantes questões, principalmente por causa dos possíveis efeitos que ele pode ter, tanto na saúde da mulher quanto no desenvolvimento do pequeno ser que está a caminho. Por isso, torna-se de extrema importância compreender e seguir as diretrizes médicas precisas sobre o seu consumo ao longo dessa fase tão delicada e crucial da vida.
A composição química deste sal de frutas inclui elementos como bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico. E mesmo que ele seja reconhecidamente eficaz para amenizar a incômoda sensação de queimação, seu consumo não é recomendado para ser frequente por parte das mulheres grávidas. A principal justificativa para essa restrição é que o produto pode contribuir significativamente para o surgimento ou agravamento da prisão de ventre, uma condição que, infelizmente, é muito comum e frequentemente vivenciada durante a gravidez, em grande parte devido às intensas e naturais alterações hormonais que ocorrem no corpo materno.
Em busca de alternativas mais gentis e a necessidade do aconselhamento especializado
Felizmente, existem outras opções mais gentis e geralmente mais indicadas para auxiliar no conforto gástrico. Produtos desenvolvidos para o estômago que possuem cálcio ou magnésio em sua formulação, por exemplo, são, em sua maioria, considerados seguros para serem utilizados durante a gravidez. No entanto, e este é um ponto que não pode ser negligenciado, é fundamental que a ingestão de qualquer tipo de substância medicamentosa, independente de qual for, seja sempre cuidadosamente orientada e aprovada por um profissional de saúde devidamente qualificado e competente. A automedicação, especialmente nesse período, deve ser evitada a todo custo.
Estratégias simples para um ventre mais contente no dia a dia
Conforme a gestação avança e o tempo passa, o bebê no útero continua seu crescimento natural e, ao se desenvolver, começa a deslocar suavemente os órgãos internos da futura mamãe. Esse movimento e a pressão adicional podem evidenciar sensações já conhecidas, como a queimação no peito e as cólicas na região do estômago. A boa notícia é que fazer pequenos, ajustes no cotidiano pode ser de grande ajuda para minimizar esses sintomas e proporcionar um maior alívio.
Algumas sugestões muito úteis e fáceis de incorporar incluem:
- Alimentar-se em pequenas e frequentes porções: ao invés de grandes refeições, o melhor a se fazer é dividir o que se come em quantias menores, distribuindo-as com maior frequência ao longo do dia. Isso evita sobrecarregar o sistema digestivo.
- Atenção ao falar durante as refeições: procurar não conversar excessivamente enquanto se alimenta pode parecer um detalhe, mas ajuda a evitar engolir uma quantidade grande de ar, o que pode contribuir para o desconforto e inchaço.
- Movimentar o corpo de forma leve: a prática de atividades físicas mais brandas e adequadas para a gravidez pode promover um funcionamento intestinal mais regular. Além disso, esses exercícios contribuem para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue em equilíbrio, beneficiando a saúde geral da gestante.
Outros aliados da medicina e a realidade da prevenção
Em casos específicos, e sempre sob a estrita orientação médica, podem ser indicados outros tipos de medicamentos. Além dos já mencionados para a acidez, certas medicações que atuam como protetores do revestimento do estômago, como o omeprazol e o esomeprazol, podem ser receitadas. Essas medicações têm a função de otimizar o fluxo dos alimentos e líquidos pelo sistema digestivo, tanto no estômago quanto no intestino, consequentemente diminuindo os desconfortos associados à digestão. Mais uma vez, é fundamental reforçar que qualquer uso dessas substâncias deve ser precedido por uma consulta aprofundada com o profissional de saúde, assegurando assim a total segurança do tratamento tanto para a mãe quanto para o bebê em desenvolvimento.
É importante reconhecer que, infelizmente, não existe uma maneira de prevenir completamente a ocorrência da queimação durante a gravidez. No entanto, ao se empenhar em seguir as valiosas recomendações relativas à alimentação e ao estilo de vida, é perfeitamente possível reduzir significativamente tanto a intensidade quanto a frequência com que os episódios de queimação se manifestam. Para garantir o melhor cuidado possível, mantenha sempre um acompanhamento médico contínuo e regular. Este profissional poderá oferecer orientações específicas e perfeitamente adequadas a cada fase particular da sua gestação, garantindo que você e seu bebê estejam sempre bem cuidados.