Gravidez

É seguro fazer tatuagem durante a gestação?

Entenda os riscos de realizar uma tatuagem durante a gravidez e como isso pode afetar a mãe e o bebê

Por Redação Pais e Filhos
21 jul 2025, 07h00

Fazer tatuagem virou algo comum e querido por pessoas de todos os estilos. Com isso, é super comum que mulheres que estão esperando um filho se perguntem se é tranquilo realizar um novo desenho na pele durante esse período tão especial. É fundamental entender os possíveis desafios que podem surgir com essa prática para garantir a saúde plena tanto da futura mamãe quanto do pequeno ser que está crescendo. Afinal, a chegada de um bebê traz muitas transformações, e o cuidado com cada detalhe é essencial.

O corpo da futura mamãe em transformação: impactos na pele e no sistema imunológico

Fazer uma marca permanente na epiderme envolve a inserção de instrumentos finos para aplicar colorações. Isso, por si só, já gera algumas questões sobre a possibilidade de problemas de saúde causados por microrganismos e reações alérgicas. E para as mulheres que estão gerando uma vida, o cenário é ainda mais particular, pois o corpo passa por diversas modificações significativas durante a doce espera.

Uma das mudanças mais importantes é no sistema de defesa do organismo. No período de gestar, o corpo da mulher tem seu sistema de proteção adaptado, tornando-a mais propensa a contrair problemas de saúde. Ao se submeter a um procedimento de pigmentação cutânea, existe um perigo maior de desenvolver uma condição infecciosa, tanto pelo processo em si quanto pela possível contaminação dos equipamentos utilizados, caso os padrões de segurança não sejam seguidos com muita rigidez.

Os desafios potenciais da arte corporal na gestação

A preocupação com a exposição a problemas de saúde como as hepatites B e C, ou mesmo o vírus do HIV, é muito real, já que essas enfermidades podem ser transmitidas por equipamentos de pigmentação que não foram completamente higienizados. Além disso, é possível que ocorram respostas alérgicas às substâncias coloridas usadas nos desenhos. A epiderme das gestantes, por sua vez, geralmente fica mais sensível por causa das alterações hormonais características desse período.

Existe também um ponto de atenção em relação às colorações que compõem os desenhos. Elas podem conter elementos químicos cujos efeitos no desenvolvimento do pequeno ser no ventre ainda não foram completamente investigados. Essa preocupação é ainda maior se o desenho for feito em regiões do corpo onde há uma circulação sanguínea mais intensa. Portanto, o desconhecido é um fator importante a ser considerado.

Continua após a publicidade

A voz dos profissionais: a cautela é a melhor amiga

A grande maioria dos profissionais da área da saúde aconselha que as mulheres adiem a ideia de fazer uma marca permanente no corpo até depois do nascimento do bebê. Em algumas situações, a recomendação pode se estender para aguardar o fim do período de amamentação, quando o corpo da mulher começa a voltar à sua condição anterior à gravidez.

Além das questões ligadas à saúde, há um fator estético considerável. Durante o tempo de barriga, a pele estica para acomodar o crescimento do pequeno, e nem sempre ela retorna à sua forma original imediatamente após o parto. Desenhos feitos em locais propensos a esse estiramento, como a região abdominal ou os quadris, podem acabar se distorcendo e não terem o mesmo aspecto de antes da gestação.

Se a decisão for fazer: precauções que não podem faltar

Mesmo com as recomendações de cautela, caso uma gestante decida seguir em frente com o desejo de uma nova arte corporal, é de extrema importância que a escolha do local seja feita com muito critério. O estabelecimento deve ser respeitável, com excelentes práticas de higiene. O artista responsável pelo desenho deve, obrigatoriamente, usar materiais que sejam totalmente higienizados ou descartáveis, seguindo todas as regras de proteção com a máxima rigidez.

Continua após a publicidade

Um passo extremamente importante antes de qualquer decisão é buscar o parecer de um profissional da medicina. Esse especialista pode oferecer orientações personalizadas, levando em conta o histórico de saúde da gestante. Algumas medidas extras de cuidado incluem realizar um exame de sensibilidade antes da sessão, para verificar qualquer resposta alérgica às substâncias coloridas. Outra dica valiosa é escolher desenhos em partes do corpo que sofrem menos alterações durante a gestação. Considerar a opinião dos profissionais da saúde pode auxiliar em uma decisão final que seja bem informada e segura.

Um desejo com muita sabedoria e bem-estar

O anseio de registrar esse período tão singular através de uma marca no corpo deve ser sempre equilibrado com o cuidado de garantir o bem-estar da futura mamãe e do pequeno que está por vir. Avaliar todas as informações disponíveis e buscar o conselho de especialistas são passos prudentes e muito importantes nessa jornada de amor e cuidado. A beleza de uma nova tatuagem pode esperar, mas a saúde da mãe e do bebê é a prioridade.