Como o bebê se posiciona na barriga? Entenda as principais posições
Saiba mais sobre as posições do bebê na barriga e como lidar com cada uma delas na hora do parto

A gestação é um período repleto de descobertas e preparativos, e um dos aspectos mais fascinantes é acompanhar o desenvolvimento do seu pequeno dentro da barriga. Mas você sabia que a maneira como ele se acomoda lá dentro é super importante para o grande dia do nascimento? Entender os diferentes modos como o neném pode estar posicionado no útero é vital para o planejamento do parto, seja ele vaginal ou por cirurgia.
Por que a localização do bebê dentro da barriga importa tanto?
Na maioria das gestações, a natureza se encarrega de colocar o bebê em uma posição que favorece o nascimento pela via vaginal, ou seja, de cabeça para baixo. No entanto, nosso corpo é único, e existem situações em que o bebê escolhe outras formas de se ajustar, o que pode levar a decisões distintas para garantir que tanto a mamãe quanto o recém-nascido estejam seguros e bem durante o nascimento. Conhecer essas variações é o primeiro passo para uma experiência mais informada e serena.
De cabeça para baixo: a posição favorita para o parto vaginal
A posição que a maioria dos futuros pais espera e que é considerada a mais adequada para um parto pela via natural é a chamada cefálica. Neste caso, o bebê está com a cabeça voltada para baixo, apontando para a abertura do colo do útero. É um cenário que ocorre em quase 97% dos nascimentos. Dentro dessa categoria, existe uma forma ainda mais ideal: quando o bebê está de cabeça para baixo e, além disso, sua face está direcionada para a coluna da mamãe. Essa é a posição que chamamos de anterior, a mais favorável para um parto vaginal tranquilo.
Mas, e se o bebê estiver de cabeça para baixo, porém, ‘olhando’ para a frente da barriga da mãe? Essa é a posição cefálica posterior. Embora ainda seja de cabeça para baixo, essa orientação pode tornar o período do trabalho de parto um pouco mais desafiador. A boa notícia é que, muitas vezes, o próprio bebê faz uma rotação durante o processo, girando para a posição anterior e facilitando o caminho.
Quando o bebê adota a posição sentada: a apresentação pélvica
Imagine que, em vez de se virar de cabeça para baixo, o bebê resolveu se sentar dentro do útero. É exatamente isso que acontece na apresentação pélvica. Neste caso, são as nádegas ou os pezinhos do bebê que estão direcionados para a saída do útero.
Existem algumas subcategorias dentro da posição pélvica. Uma delas é o modo nádegas, onde o bumbum do bebê está mais próximo do canal do nascimento. Outra variação é a apresentação pélvica modo pé, onde um ou os dois pezinhos do bebê estão voltados para a parte inferior do útero, perto da ‘saída’. Essa última configuração, em particular, pode aumentar a probabilidade de complicações durante um parto vaginal. Por isso, é bem comum que, nesses casos, os médicos optem por agendar uma cirurgia de cesariana para garantir a segurança de todos.
Desafios incomuns: posições transversa e oblíqua
Nem sempre o bebê se alinha verticalmente. Existem também as situações em que ele se deita de lado, ou em uma diagonal. Quando o bebê está horizontalmente no útero, deitado atravessado, dizemos que ele está em posição transversa. Nesta condição, o parto vaginal simplesmente não é uma opção segura.
Já na posição oblíqua ou apresentação crônica, o bebê se encontra atravessado de forma diagonal. Em geral, tanto nas posições transversal quanto oblíqua, a equipe médica precisará intervir. Isso pode significar tentar uma manobra para virar o bebê ou, mais frequentemente, planejar uma cirurgia cesariana.
Como os profissionais de saúde avaliam a posição do bebê?
É claro que saber a posição do bebê não é algo que a futura mamãe precisa adivinhar! Os obstetras contam com métodos muito eficazes para isso. Uma das técnicas utilizadas é a palpação da barriga, onde o médico sente o formato e a localização do bebê através do abdômen. Além disso, os exames de ultrassom são ferramentas visuais precisas que permitem aos profissionais ter uma imagem clara do posicionamento do pequeno. Essas avaliações são cruciais para que todas as decisões sobre o parto sejam tomadas com a máxima informação e segurança.
E se o bebê não estiver na posição ideal? opções de ajuda
Se por acaso o ultrassom mostrar que o bebê está em uma posição menos favorável, como a pélvica ou oblíqua, não há motivo para pânico! A medicina oferece recursos. Uma técnica frequentemente tentada é a manobra de versão cefálica externa. Este procedimento consiste em tentar girar o bebê gentilmente de fora da barriga da mãe, com o objetivo de levá-lo para uma posição mais adequada para o nascimento vaginal. O sucesso dessa manobra pode, inclusive, diminuir a necessidade de uma cirurgia cesariana.
Estar bem informada sobre as diferentes posições que o bebê pode adotar e suas implicações para o parto é um passo importante para as gestantes. Realizar as consultas médicas periódicas e os exames de ultrassom é vital para que o posicionamento do bebê seja sempre monitorado e para que o plano de parto seja o mais seguro possível para você e para o seu recém-nascido. Conte sempre com seu médico para tirar todas as dúvidas e viver essa fase com tranquilidade!