Chá mate na gravidez: pode ou não pode? entenda os riscos e cuidados
Entenda mais sobre os limites das doses de cafeína para gestantes e como substituir

A jornada de se preparar para receber um novo integrante na família é repleta de alegrias, expectativas e, claro, muitas dúvidas. Uma das perguntas que surgem no dia a dia é sobre o consumo de certas bebidas e alimentos. O chá mate, famoso por seu sabor e suas propriedades, é frequentemente questionado por gestantes. Afinal, essa bebida tradicional pode ser incluída na alimentação de quem está esperando um bebê?
O chá mate é reconhecido por trazer diversos benefícios. Ele possui características que ajudam o corpo a combater radicais livres, além de ser uma fonte de componentes importantes para a saúde, como cálcio, potássio, magnésio, uma vitamina essencial (vitamina A) e o ácido fólico. Esses elementos são super úteis para o funcionamento do organismo. No entanto, existe um ingrediente no mate que levanta um sinal de alerta para as futuras mamães: a cafeína. Por causa da presença dessa substância, o uso de mate é algo que merece uma conversa séria, já que o consumo de cafeína não é algo amplamente sugerido para mulheres em período gestacional, pois pode não ser o ideal tanto para a saúde da mãe quanto para o desenvolvimento do pequeno.
A cafeína e a gestação: o que você precisa saber
Profissionais da saúde possuem diferentes perspectivas sobre a ingestão de mate enquanto se espera um bebê. Mas uma coisa é clara: a cafeína é um elemento que excita o sistema nervoso, e em grandes quantidades, pode realmente aumentar a possibilidade de ocorrência de complicações. Por isso, é super importante entender até onde se pode ir e, principalmente, seguir as orientações dos especialistas.
Estudos recentes têm colocado um foco maior nos possíveis efeitos da cafeína durante a gestação. Conforme apontam os médicos, há indícios de que um consumo exagerado, algo entre cem e trezentos miligramas por dia, poderia até mesmo dobrar a chance de um aborto espontâneo. Isso acontece porque a cafeína tem um efeito estimulante que, em excesso, pode não ser benéfico para o bem-estar da mãe e para o bom andamento do desenvolvimento fetal.
E não para por aí! Existe outro ponto importante sobre o chá mate: ele pode prejudicar a absorção de nutrientes importantes pelo seu corpo. Isso é especialmente relevante se você o tomar pertinho das refeições principais, que são momentos essenciais para o corpo absorver, por exemplo, o ferro. E sabemos que o ferro é essencial para a saúde de ambos durante esse período.
Como consumir o chá mate de forma segura? o segredo é a moderação
Quando falamos em consumir chá mate durante a gravidez, a palavra de ordem é moderação. Embora não seja totalmente proibido, a sugestão é clara: não se deve ultrapassar duzentos miligramas de cafeína por dia. Para você ter uma ideia, essa quantidade é equivalente a aproximadamente dois ou, no máximo, três copos de chá mate.
Mesmo com essa “permissão” em quantidade limitada, a recomendação de especialistas é ainda mais cautelosa: o ideal mesmo é evitar completamente os chás feitos de ervas. A preferência, segundo ela, deve ser dada aos chás de frutas ou de gengibre, que são considerados seguros para o consumo nessa fase da vida.
Outra dica valiosa é sobre a preparação do seu chá mate. Procure optar por ervas frescas para fazer a sua bebida. Os chás de saquinho, apesar de serem super práticos, podem não ter a mesma potência e o mesmo sabor que aqueles preparados com ervas fresquinhas. Além disso, os saquinhos podem conter elementos triturados que não fazem parte de uma infusão pura e podem não ser tão benéficos.
Alternativas deliciosas e amigas da sua gestação
Para aquelas que preferem não arriscar ou que simplesmente querem variar o cardápio, existem opções muito boas e seguras. Os chás de frutas e o de gengibre são excelentes escolhas, pois oferecem um sabor delicioso sem trazer os riscos que a cafeína pode apresentar.
Além de ficar de olho no chá mate, é bom reduzir a ingestão de outros itens que também contêm cafeína no seu dia a dia. Isso inclui, por exemplo, refrigerantes e alguns tipos de chocolate. Pequenas mudanças como essas fazem uma grande diferença para a sua saúde e a do seu bebê.