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Casal bate recorde ao dar à luz gêmeos com embriões congelados há 30 anos

Os embriões, que deram origem aos gêmeos Lydia e Timothy neste ano, foram fecundados em 1992 e são os mais antigos a resultar em um nascimento

Por Isabelle Aradzenka
29 nov 2022, 16h34

“De certa forma, eles são nossos filhos mais velhos, embora sejam os menores”, disse Philip Ridgeway sobre os seus bebês Lydia e Timothy, nascidos em 31 de outubro deste ano. Os gêmeos foram concebidos através de embriões congelados há 30 anos – a fecundação mais antiga a resultar em um nascimento, de acordo com o Centro Nacional de Doação de Embriões (NEDC) dos Estados Unidos.

“Eu tinha 5 anos quando Deus deu vida a esses embriões”, disse Philip. “Eu tinha 3 anos e meio”, afirmou sua esposa, Rachel Ridgeway, à rede de televisão americana NBC. “É incrível saber que eles foram gerados naquela época e esperaram tanto tempo para podermos criá-los”, continuou a mulher. O casal de Oregon tem outros quatro filhos, mas nenhum deles foi concebido através da Fertilização in Vitro.

Os embriões dos gêmeos que chegaram neste ano à família foram congelados em 22 de abril de 1992. Até então, o recorde era de uma pequena chamada Molly Gibson, nascida em 2020, de um embrião congelado por quase 27 anos.

Fertilização in-vitro - bebê nasce a partir de embrião congelado há quase 25 anos
(the-lightwriter/Thinkstock/Getty Images)

O processo de escolha do embrião

De acordo com a NBC, os embriões foram gerados para um casal anônimo. O homem tinha cerca 50 anos e a doadora de óvulos, 34. Eles foram armazenados um laboratório até 2007, quando os donos os doaram ao Centro Nacional de Doação de Embriões, no Tennessee.

Ao procurar doadores para uma Fertilização in Vitro no local, os Ridgeways restringiram sua escolha à categoria de “considerações especiais”, a qual reúne embriões que tinham dificuldade em encontrar destinatários, por qualquer motivo que fosse.

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“Nós realmente queríamos encontrar os embriões que estavam esperando há mais tempo, que foram esquecidos várias vezes”, disse Rachel ao Today. A escolha do casal se pautou em um banco de dados que não listava o tempo de congelamento, mas contava com as características dos doadores e arquivos como fotos dos pais e de seus filhos.

Durante todo o processo, o casal foi muito aberto e franco com os demais filhos da família, que encorajaram os dois e ficaram entusiasmados para conhecer os irmãos. “Estamos muito abençoados. Cansados, mas muito abençoados”, finalizou Rachel.

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