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Bebês reagem mais ao toque do que à voz da mãe dentro da barriga, aponta estudo

Segundo pesquisa inglesa, ao perceberem que a mamãe estava encostando as mãos na barriga os pequenos se mexiam mais. Mas calma: isso não significa que cantar ou conversar com o seu filho não seja bom.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 08h37 - Publicado em 28 jul 2015, 17h33

Diversos estudos já investigaram o comportamento dos bebês dentro da barriga da mãe. Sabe-se que eles são capazes de ouvir vozes e sentir quando alguém toca quem os carrega – seja com a mão, seja num exame de ultrassom, por exemplo. Mas, agora, a ciência tem mais informações sobre esse tema. Isso graças a uma recente pesquisa da Universidade de Dundee, no Reino Unido, publicada em junho de 2015 no periódico científico PLOS One.

Os estudiosos britânicos buscavam medir como os bebês reagiam à voz da mãe e ao seu toque. Para isso, eles recrutaram 23 gestantes que estavam entre a 21a e a 33a semanas de gravidez e as colocaram em quartos escuros, onde foram feitos três testes: num deles, as futuras mamães leram historinhas para os filhos; em outro, afagaram ou esfregaram a mão sobre a barriga; e, num terceiro momento, elas simplesmente deitaram com os braços esticados ao lado do corpo.

Enquanto as participantes cumpriam cada uma das etapas, os pesquisadores monitoraram as respostas dos bebês em tempo real com aparelhos de ultrassom 3D. Foi aí que eles notaram que os pequenos faziam mais movimentos de braço, cabeça e boca quando as mães tocavam a barriga. Se a gestante apenas cantava ou não fazia nada, essas reações corporais diminuíam bastante.

Os experts também viram nesse levantamento que, no terceiro trimestre, os bebês se tocavam mais em comparação ao segundo. Eles acreditam que isso se deve ao fato de que, nessa fase da gestação, a pele do pequeno está bem mais sensível.

“Esses resultados sugerem que os fetos respondem aos estímulos externos antes do que se sabia, que o seu comportamento é regulado por essas respostas e que a idade gestacional influencia nessas reações”, dizem os autores da pesquisa. De qualquer forma, estudos maiores são necessários para entender a fundo essa questão. E uma coisa é certa: seja acariciando, cantando ou simplesmente batendo um papo com o seu bebê, os vínculos entre vocês já estarão em construção para se tornaram ainda mais fortes quando ele chegar ao mundo.

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