Aborto espontâneo: por que acontece e quando se preocupar

Entenda as razões e como prevenir abortos espontâneos

Por Redação Pais e Filhos
22 dez 2024, 09h00
mulher triste
 (spukkato/Thinkstock/Getty Images)
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A gestação é um momento de grande expectativa para os futuros pais. Muitas famílias optam por esperar o terceiro mês para compartilhar a notícia da gravidez, pois é nas primeiras 12 semanas que o risco de aborto espontâneo é mais alto. Esse cuidado busca proteger a família de maiores frustrações, já que o aborto espontâneo, apesar de não ser o esperado, é mais comum do que parece, ocorrendo em cerca de 15% das gestações. A boa notícia é que pesquisas apontam que 80% das mulheres que têm a gestação interrompida conseguem engravidar de novo e realizar o sonho de ser mãe.

Entender o que é o aborto espontâneo, por que ele ocorre e como oferecer apoio a quem passa por essa situação pode ajudar a enfrentar esse momento. Abaixo, respondemos às principais dúvidas sobre o tema:

O que é aborto espontâneo?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto é caracterizado pela interrupção da gestação antes da 22ª semana ou quando o feto tem menos de 500g. No caso do aborto espontâneo, essa interrupção ocorre sem intervenção externa, ou seja, é uma resposta natural do corpo.

Quais são as principais causas?

Nem sempre é possível identificar a causa exata de um aborto espontâneo, especialmente nos primeiros meses. Cerca de 50% dos casos estão associados a fatores genéticos, onde uma falha no desenvolvimento do embrião impede que a gestação continue. Outros fatores incluem condições de saúde dos pais, como obesidade, tabagismo, diabetes, doenças autoimunes e problemas hormonais ou na tireoide. A idade também é um fator, aumentando o risco conforme os pais envelhecem.

Quais são os sintomas?

Os sinais mais comuns de um aborto espontâneo incluem sangramento vaginal e dores abdominais. Caso esses sintomas ocorram durante a gravidez, a recomendação é procurar atendimento médico imediato para uma avaliação completa.

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Como prevenir?

A melhor maneira de tentar reduzir o risco de um aborto espontâneo é manter uma rotina saudável e realizar um planejamento para a gestação. Preparar-se inclui cuidados como a prática de atividade física moderada, evitar álcool e cigarro e manter os exames de saúde em dia. Mesmo assim, é importante lembrar que esses cuidados ajudam a reduzir o risco, mas não eliminam totalmente as chances de um aborto, pois muitos fatores estão fora do controle.

É comum ter abortos espontâneos repetidos?

Um único aborto espontâneo é mais comum do que se imagina, mas quando acontecem três ou mais perdas consecutivas, os médicos consideram um caso de aborto espontâneo recorrente, também chamado de aborto de repetição. Neste caso, é recomendado que os pais façam uma investigação detalhada com um especialista para identificar possíveis causas e alternativas para evitar novos episódios.

É possível engravidar novamente?

Sim. Em boa parte dos casos, o aborto espontâneo não impede uma futura gravidez. Estudos mostram que aproximadamente 80% das mulheres que tiveram uma perda gestacional conseguem engravidar novamente e ter uma gravidez bem-sucedida. Geralmente, a recomendação é que as mulheres aguardem de dois a três meses após um aborto tardio para tentar uma nova gravidez.

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Quanto tempo esperar para engravidar novamente?

O corpo normalmente se recupera do aborto espontâneo em algumas semanas, e em casos de abortos precoces, a mulher pode tentar engravidar no próximo ciclo menstrual. Quando o aborto ocorre após a 12ª semana, é indicado esperar entre dois a três meses para que o útero volte ao tamanho original e o corpo esteja pronto para uma nova gestação.

Como apoiar uma mulher que sofreu um aborto espontâneo?

Muitas mulheres enfrentam o luto e o impacto emocional após um aborto espontâneo, e cerca de 20% apresentam sinais de depressão e ansiedade. Oferecer apoio é essencial. Perguntar como ela está e oferecer ajuda prática pode ser reconfortante, enquanto frases como “você pode ter outro filho” ou “foi melhor assim” podem ser mal interpretadas. Passar por um aborto espontâneo é uma experiência emocionalmente desafiadora. Com informações e apoio, é possível enfrentar esse momento delicado e, para muitas, seguir com o sonho de ser mãe.

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