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Turma da Mônica homenageia médica brasileira fundamental contra o Covid-19

Em apenas dois dias, a infectologista Ho Yeh Li largou tudo e partiu à operação em Wuhan, ainda epicentro do coronavírus na época.

Por Alice Arnoldi
7 Maio 2020, 13h18
 (Turma da Mônica/Divulgação)
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A nova fase do projeto “Donas da Rua”, da Turma da Mônica, traz uma sequência de homenagens especiais para mulheres da área da saúde, que estão dando tudo de si para ajudar no controle do novo coronavírus (Covid-19). A primeira a ganhar destaque foi a infectologista brasileira Ho Yeh Li, responsável por buscar 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China, quando o país ainda era epicentro da doença. 

Ho Yeh Li foi questionada se iria até o território chinês para resgatar as pessoas que estavam pedindo por repatriação em decorrência da pandemia. Ela aceitou, tornando-se a única infectologista a participar do encargo mais tarde chamado de “Operação Regresso à Pátria Amada Brasil”. 

Em dois dias, ela embarcou para a missão, conseguindo trazer quem havia pedido para voltar ao Brasil. Já em território brasileiro, ela e mais 57 pessoas que participaram do processo precisaram ficar em isolamento na Base Aérea de Anápolis, em Goiás. Todos ficaram bem e puderam voltar para suas casas.

A médica nasceu em Taiwan, onde aprendeu mandarim, e veio para o Brasil em 1983. Aqui, ela foi naturalizada e cursou medicina no Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, Ho Yeh Li é coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC).

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A dedicação da infectologista na luta contra o coronavírus não foi apenas na ida até Wuhan. Ho Yeh Li tem sido um nome presente nos estudos sobre a doença, além de ter sido fundamental no controle de surtos de sarampo, H1N1 e febre amarela no Brasil – em 2018, ela foi uma das integrantes do grupo de médicos que criou um protocolo capaz de reduzir a mortalidade de 63% para 13% na UTI do HC. 

Na homenagem da Turma da Mônica, os personagens já existentes “interpretam” uma figura notória. No caso da infectologista, ela foi transformada em desenho a partir da personagem Keika, que já existia e foi uma criação do Maurício de Souza para a comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, em 2008.

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