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Tais Araújo faz desabafo sobre comportamento da filha de 2 anos

Não, a atriz não falou dos temidos terrible twos, mas sobre empoderamento feminino. Vem ler o relato na íntegra.

Por Luísa Massa
Atualizado em 14 mar 2019, 15h03 - Publicado em 15 set 2017, 13h25

Tais Araújo e Lázaro Ramos são pais de João Vicente, de 6 anos, e Maria Antônia, de 2. Reservados, os artistas não costumam compartilhar fotos dos pequenos nas redes sociais, mas na última quarta-feira, 13, a atriz fez um relato no Instagram para dividir as reflexões que tem tido como mãe de menina.

Ela não falou dos temidos terrible twos que as crianças costumam enfrentar nessa faixa etária, mas sobre as preferências da garotinha: “Ela enlouquece com princesas, brinca de mãe e filho o dia todo e chora quando entra numa loja de brinquedos querendo ferro e tábua de passar! Socorro! Confesso que, cada vez que vejo esse movimento todo dela, me arrepio da cabeça aos pés”. 

A atriz explicou que tem esse sentimento porque as coisas que a filha gosta não combinam com aquilo que ela prega no dia a dia. “Tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam pra elas um único e fatídico destino, a tudo que fuja do roteiro traçado por essa construção que seja carregado e culpa e julgamentos“, justificou Tais.

A mamãe continuou dizendo que, na sua criação, não defende que brinquedos sejam separados por gêneros e que só começou a comprá-los para Maria Antônia quando ela completou 1 ano, já que antes disso a pequena se divertia com os do irmão.

“Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não me lembro, mas me lembro com perfeição quando ela, com um ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela, mas e as princesas? Pode ser influência das amiguinhas. E a cor rosa? E a predileção por saias e saias que rodem? E a paixão por panelinhas e fogão?”, questionou a atriz.

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Respondendo a sua própria pergunta, ela disse que acredita que a filha reproduz comportamentos que vê ao seu redor e que, quando percebeu as preferências dela, passou a oferecer brinquedos que iam além das fadas, bonecas e princesas.

Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando opções para que ela sempre saiba que pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… Não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser“, finalizou a artista.

Até o momento, o relato da atriz recebeu mais de 135 mil curtidas no Instagram e diversos comentários. A opinião dos seguidores se dividiu: enquanto uns elogiaram a postura de Tais, outros criticaram a sua conduta com a pequena.

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Como mulher e como mãe, te parabenizo pela consciência e pela atitude que tem. Justamente por não acreditar na questão de gênero nos brinquedos, você não impôs nada a ela, e ela teve a liberdade de escolher com o que brincar. Acredito que se ela quisesse um carro, um escudo e uma espada, você cederia e não iria se importar, assim não impôs nada a ela. O bacana está aí: a mãe/pai deixar o filho brincar com o que ele quer e o que desenvolve o lado lúdico dele”, comentou uma usuária.

“Acho que ela escolher a cor rosa não influencia no seu caráter. Ela é uma criança, só tem 2 anos. Minha neta gosta do azul e cada pessoa se identifica com uma cor. Que bom que ela gosta de bonecas, mas também não quer dizer nada. Ela pode gostar de bonecas e ser uma boa esposa ou ser uma pediatra, por exemplo”, escreveu outra pessoa.

Confira o relato na íntegra:

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Tenho uma filha de 2 anos e oito meses que ama rosa, enlouquece com princesas, brinca de mãe e filho o dia todo e chora quando entra numa loja de brinquedos querendo ferro e tábua de passar! Socorro! Confesso que, cada vez que vejo esse movimento todo dela, me arrepio da cabeça aos pés. Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo que eu acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo que prego no meu dia a dia, a tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam pra elas um único e fatídico destino, a tudo que fuja do roteiro traçado por essa construção que seja carregado de culpa e julgamentos! Não acredito que existam brinquedos de menina ou de menino. Quando minha filha nasceu, não comprei um brinquedo. Bom, ela tinha um irmão de 3 anos, a casa já estava cheia de brinquedos e ela não precisava de nada além daqueles. Assim ela ficou, sem brinquedos novos até completar um ano, se não me engano. Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não me lembro, mas me lembro com perfeição quando ela, com um ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela, mas e as princesas? Pode ser influência das amiguinhas. E a cor rosa? E a predileção por saias e saias que rodem? E a paixão por panelinhas e fogão? E o ferro e a tábua de passar, minha gente?! Acredito que seja tudo repetição do que ela vê à sua volta, mas ela também vê (e muito) outras coisas… até pq quando senti esse movimento, a minha primeira ação foi apresentar a ela outras opções, para que ela pudesse perceber que além do mundo de fadas, bonecas, saias, panelinhas e princesas existe muita coisa legal com que ela também pode brincar. Não adianta, ela gosta desse mundo, esse é o mundo de brincadeiras que ela escolheu pra chamar de seu. Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando opções para que ela sempre saiba que pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser.

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