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“Nós mulheres, fêmeas, nascemos para parir”, diz Bela Gil em nova série sobre maternidade

Parto foi o tema do primeiro episódio de "Bela Maternidade", novo projeto da apresentadora em seu canal no YouTube.

Por Nathália Florencio
Atualizado em 26 out 2016, 11h33 - Publicado em 20 ago 2016, 14h46
Reprodução/Facebook Bela Gil
Reprodução/Facebook Bela Gil (/)
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Sucesso na TV e na web com receitas e dicas de alimentação saudável, Bela Gil iniciou uma nova empreitada: em seu canal no YouTube, a apresentadora lançou na última quarta-feira, 17, a série Bela Maternidade, que abordará, em 12 episódios, a gestação, a amamentação e a introdução alimentar do bebê. No primeiro vídeo (ao vivo), Bela falou sobre o nascimento de seus dois filhos – Flor, de 7 anos, e Nino, de dois meses e meio – e apontou as diferenças entre os dois partos, mesmo ambos sendo normais. “Hoje eu tenho muito mais informação do que quando eu tive a Flor e sei que houve muitas intervenções desnecessárias. Na época, pra mim, existiam apenas dois tipos de parto: o vaginal e o cirúrgico”, afirmou.

Bela revelou que, na primeira gravidez, a obstetra que a acompanhava quis induzir o parto quando ela completou 40 semanas de gestação. “Ela me deu algumas datas e eu escolhi a mais longe, tanto que a Flor nasceu com 41 semanas e 5 dias. Fui para o hospital como se estivesse indo fazer uma cesárea, não esperei entrar em trabalho de parto sozinha em casa. Cheguei lá à meia-noite com 3 centímetros de dilatação. Monitoraram o bebê e viram que eu estava tendo contrações, embora não estivesse sentindo. Então acabei não precisando ser induzida – tomar hormônio sintético para ter as contrações. Às 6h da manhã minha médica chegou e estourou a minha bolsa. Eu já estava com 7 cm de dilatação e vieram dores fortíssimas, daí acabei tomando anestesia. A médica também fez episiotomia e às 9h da manhã a Flor nasceu”, relatou.

Com o caçula, Nino, a situação foi bem diferente! Ele veio ao mundo em um parto natural domiciliar, realizado em uma banheira na sala do apartamento de Bela. A apresentadora não chegou a dar detalhes, mas contou que o segundo episódio da série, que será publicado no YouTube na próxima quarta-feira, 24, mostrará o nascimento do pequeno. “Eu quero tentar passar essa confiança de que nós, mulheres, nascemos pra parir. A gente pode, a gente consegue – quando obviamente não há uma complicação que seja necessário fazer uma cesárea”, declarou.

Com duas experiências tão distintas – uma no hospital e outra em casa –, Bela afirmou que existem “camadas de parto normal” e defendeu que é muito difícil ter um parto 100% natural, sem intervenções médicas, em um ambiente hospitalar. Na transmissão que durou 45 minutos, a chef de cozinha também mencionou os motivos que levam muitas gestantes a optarem pela cesárea – que, no Brasil, representa cerca de 85% dos nascimentos na rede privada. “Muitas vezes as mulheres escolhem ter a cesariana por medo: da dor do parto, de não conseguir chegar até o hospital e ter o filho no meio do caminho…”. 

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Segundo Bela, o grande problema da “epidemia” de cesáreas que existe no nosso país é que as grávidas não são informadas sobre os riscos que o procedimento cirúrgico pode trazer para a mãe e para o bebê, além de não serem encorajadas a escolher o parto normal. “Parir é natural, é fisiológico, é do ser humano. Nós somos mamíferos, nós parimos. Nós mulheres, fêmeas, nascemos para parir. Do mesmo jeito que a concepção, a amamentação e a gestação são atos naturais, parir também pode e deve ser um ato natural. Mas muitos médicos, a nossa sociedade e a nossa cultura fazem a gente acreditar que não temos esse poder de parir”, ressaltou. E acrescentou: “Muitos médicos acabam criando vários empecilhos para fazer com que a mulher pense que a cesárea seja a salvação dela e muitas vezes esses empecilhos não são necessariamente reais”.

Neste primeiro episódio da série, a filha de Gilberto Gil falou, ainda, sobre os benefícios do parto normal para a saúde da criança, as posições e condições que favorecem esse tipo de parto, deu dicas de documentários e destacou a importância da presença das doulas – o que a ajudou muito na chegada do pequeno Nino. Bela também fez questão de dizer que a forma como nascem os bebês não tem nenhuma relação com o amor, carinho, cuidado e dedicação que cada mãe oferece ao seu filho:

Não é porque uma mulher fez cesariana que ela é menos mãe do que outras mulheres que fizeram parto normal. Obviamente, mãe é mãe e não necessariamente quem teve cesárea é inferior e quem fez parto normal é superior. 

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Bela Maternidade vai até o fim de 2016 e contará com vídeos produzidos e novas transmissões ao vivo. “O meu objetivo com os vídeos dessa série é munir as mulheres com as informações necessárias para que elas possam tomar uma decisão 100% consciente. A mulher tem que ter o direito de conhecimento e de escolha, mas sem informação ela fica de mãos atadas”, completou Bela Gil.

Assista ao primeiro episódio completo:

 

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