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Mobilização nas redes busca salvar gravidez de blogueira que já sofreu dois abortos

Após ter perdido dois bebês, Marina Iris conseguiu engravidar. Mas, devido a um problema de coagulação sanguínea, sua gestação é de risco. A solução são aplicações diárias de um medicamento caro. Para viabilizar o tratamento, pessoas têm se engajado para que ela consiga, enfim, se tornar mãe.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 23h12 - Publicado em 19 ago 2015, 14h57

Assim como milhares de mulheres, o sonho de Marina Iris, que comanda o blog By Marina, era ser mãe. Em 2012, ela e o marido resolveram realizar esse desejo – mas o resultado foram dois abortos espontâneos consecutivos com cinco semanas de gestação. A blogueira de 32 anos teve a chamada gravidez anembrionária, problema que se caracteriza pelo não desenvolvimento do embrião, embora o útero tenha se preparado para abrigá-lo.

O trauma foi grande, mas Marina não desistiu. “Entrei em depressão e, com a ajuda do meu marido, acabei focando minha vida nos treinos. Mas há pouco tempo decidimos passar por nosso mais terrível pesadelo e tentar novamente. O medo de acontecer tudo de novo era grande, mas coloquei nas mãos de Deus e ele me deu a maior alegria da minha vida ao ver o teste de gravidez dar positivo mais uma vez”, conta a blogueira.

A boa notícia chegou em julho de 2015. No entanto, novamente com cinco semanas de gestação, Marina começou a ter sangramentos. Após fazer uma bateria de exames, ela descobriu ser portadora de um problema de coagulação sanguínea que propicia o aparecimento de trombose e ameaça, assim, a evolução da gravidez. A solução para tentar reverter o quadro está na aplicação diária de injeções na barriga de enoxaparina sódica, um medicamento que previne a formação de trombos nos vasos.

O tratamento deve ser feito ao longo de toda a gestação. O problema é que ele custa muito caro. “Mensalmente, sai quase R$ 1 150. Ao fim dos nove meses, serão mais de R$ 10 mil”, calcula Marina. Moradora de Bauru, no interior de São Paulo, ela tentou obter as injeções pelo governo do Estado, mas teve seu pedido negado. Por isso, um grupo de amigas da blogueira decidiu organizar uma vaquinha na internet. A ideia é que a iniciativa se espalhe e Marina reúna o dinheiro necessário para pagar o tratamento.

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Para preservar a sua saúde e a do pequeno, a futura mamãe – que está na oitava semana de gravidez – precisa ficar de repouso absoluto. “Estou sentindo falta dos treinos e de trabalhar, mas faço qualquer coisa para que meu bebê se desenvolva – até mesmo tomar a injeção, que é dolorida, mas que chamo de picadinha do amor”, relata Marina.

Para as mamães que passam pela mesma situação, Marina as aconselha a não desanimarem. “Quando minha médica me falou que eu teria que tomar as injeções na barriga fiquei apavorada, pois não conhecia nada sobre o assunto. Mas ao buscar informações, vi que muitas mulheres também fazem esse tratamento e que conseguiram ter seus anjinhos, que vieram com saúde. Isso me deu muito mais força para lutar”, diz.

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