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Mais de 1 milhão de crianças ucranianas se tornaram refugiadas de guerra

Até o momento, a UNICEF também lembra que já são 37 crianças e adolescentes mortos por causa do conflito e 50 feridos.

Por Da Redação
10 mar 2022, 19h12

Dentre as consequências dolorosas da guerra entre Rússia e Ucrânia que segue para o 15º dia, está o número de civis que continuam sendo vítimas do conflito. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mais de 1 milhão de meninos e meninas já se tornaram refugiados por causa deste embate entre os países.

“Este número é uma indicação do quão desesperadora a situação se tornou para crianças e famílias ucranianas. Elas estão deixando tudo o que conhecem para trás, em busca de segurança. Isso é de cortar o coração!”, declarou Afshan Khan, diretora regional do UNICEF para a Europa e Ásia Central, em comunicado à imprensa.

A instituição ainda informa que quase 70 toneladas de suprimentos já chegaram em território ucraniano e o trabalho continua para que mais equipamentos médicos sejam distribuídos a 22 hospitais de cinco áreas diferentes do país, com o intuito de que 20.000 mães e crianças sejam beneficiadas.

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Famílias ucranianas aguardam em tendas vistas na fronteira do país, antes de embarcarem em trem com destino à Polônia. (Foto: Sean Gallup/Equipe/Getty Images)
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Antes de chegarem a Polônia, famílias refugiadas aguardam em abrigos temporários construídos nas fronteiras, como este feito em um supermercado abandonado. (Omar Marques / Correspondente/Getty Images)

A notícia chega logo após a um possível bombardeio russo a uma maternidade e hospital infantil no centro de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, segundo as autoridades do país. O chefe da administração militar regional de Donetsk, que abrange a cidade, Pavlo Kyrylenko, pontuou que os ataques ocorreram durante o período de cessar-fogo acordado entre Rússia e Ucrânia para retirada de civis das áreas de invasão.

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O presidente do país, Volodymyr Zelensky, replicou o vídeo compartilhado por Kyrylenko em sua rede social, em que aparentemente é mostrado o resultado do ataque aéreo no interior do prédio. “Pessoas e crianças estão sob os destroços. Atrocidade!”, escreveu.

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Bombardeio aumenta número de crianças feridas 

A Polícia Nacional da Ucrânia informou em sua página no Facebook que as autoridades estavam trabalhando no local e reunindo provas do atentado para encaminhar ao Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU). O vice-prefeito da cidade, Sergei Orlov, anunciou que até o momento sabe-se que há 17 feridos, entre funcionários e gestantes que estavam em trabalho de parto, e três relatos de morte, incluindo uma criança.

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A diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, declarou que, se confirmado o ataque, é mais um reflexo do quanto famílias ucranianas estão sendo brutalmente dizimadas com a guerra. “Em menos de duas semanas, pelo menos 37 crianças e adolescentes foram mortos e 50 feridos. Ataques contra civis e infraestruturas básicas – incluindo hospitais, sistemas de água e saneamento, além de escolas – são inconcebíveis e devem parar imediatamente”, reforçou a representante.

De acordo com a Polícia Nacional da Ucrânia, a cidade de Maripoul está cercada e sob ataque desde o dia 1 de março. “Eles dificultaram o fornecimento de eletricidade e água, destruíram pontes e trens para que não pudéssemos evacuar mulheres, crianças, idosos e feridos de Mariupol e estão impedindo o fornecimento de alimentos. Não temos luz ou água e as tropas estão constantemente bombardeando a cidade”, divulgou a Câmara Municipal de Mariupol em sua conta no Facebook.

Horas antes das acusações das autoridades da Ucrânia, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, alegou que o hospital e outras áreas da cidade que foram bombardeadas haviam sido evacuados e tropas de combate ucranianas estariam posicionadas.

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