Empatia. Este talvez seja um dos sentimentos mais necessários e potentes do universo materno, já que é por meio dele que deixamos o julgamento de lado e conseguimos acolher umas as outras. Recentemente, uma foto que circula nas redes sociais mostrou este movimento importante entre figuras maternas, ao registrar carrinhos de bebês que foram deixados na estação de trem por mães polonesas para serem doados para as famílias ucranianas. A ideia é oferecer apoio para as mães que estão chegando ao país com seus filhos no colo, refugiados da guerra travada contra a Rússia.
A imagem que viralizou foi feita pelo fotojornalista Francesco Malavolta, durante o fim de semana, na estação de trem Przemyśl Główny, na Polônia. Os carrinhos não foram os únicos utensílios deixados no local: as mães ainda doaram itens básicos como roupas, fraldas e cobertores – produtos essenciais, já que dificilmente as famílias ucranianas conseguiriam atravessar a fronteira entre os países com as bagagens necessárias para cuidarem de seus filhos.
Passeggini lasciati in stazione per le donne in arrivo dall’Ucraina con neonati. ❤️
Foto copyright F.Malavolta#RussiaUkraineConflict #ukraine #WWIII #photojournalism pic.twitter.com/rlmXzqkIN0— Francesco Malavolta (@MalavoltaF) March 3, 2022
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Realidade devastadora
Segundo informações da Reuters, 150 crianças que moravam em orfanatos na região de Kiev, na Ucrânia, desembarcaram em Przemysl, a estação de trem onde os carrinhos de bebê foram vistos. Inclusive, a ONG Happy Kids transformou um pavilhão escolar esportivo em acomodações para que os pequenos pudessem ser alimentados e abrigados. Até o momento, eles já auxiliaram na evacuação de mais de 2.000 órfãos ucranianos.
Mães e crianças somam expressivos números de refugiados do país do leste europeu, já que homens de 18 a 60 anos foram convocados a integrar o exército de combate à Rússia, o qual já caminha para o 12º dia. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, meio milhão de crianças já saíram da Ucrânia em destino a países próximos, como à Polônia e Romênia.
“Desde 24 de fevereiro, 17 crianças foram mortas e 30 ficaram feridas. Esses são apenas os relatos que as Nações Unidas conseguiram verificar – o verdadeiro número de vítimas entre as crianças é provavelmente muito maior”, declarou Afshan Khan, diretora regional do UNICEF para a Europa e Ásia Central, em nota divulgada no dia 3 de março. Ainda de acordo com o órgão, esta tende a ser a crise de refugiados mais desafiadora desde a Segunda Guerra Mundial.