Inmetro proíbe a comercialização de chupetas e mamadeiras customizadas

O uso de adereços como pérolas, miçangas e cristais aumenta o risco de sufocamento entre as crianças.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 04h16 - Publicado em 16 out 2015, 10h21
tycoon751/Thinkstock/Getty Images
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Chupetas com cristais cor-de-rosa e mamadeiras cravejadas com pérolas têm feito a cabeça de muitas mamães nos últimos meses. Mas, apesar de lindos, tantos detalhes podem se tornar um verdadeiro perigo. “A customização torna os produtos inseguros, com risco de as peças aplicadas, como cristais, se soltarem durante o uso e manuseio pelo bebê, podendo ocasionar grave sufocamento e até levar a óbito. Além disso, há a possibilidade de toxicidade por conta dos enfeites”, destaca Alfredo Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o Inmetro.

Segundo Lobo, há relatos de acidentes desse tipo na Europa e nos Estados Unidos. Por isso, o Inmetro proibiu a confecção, a importação, a distribuição e a comercialização de chupetas, mamadeiras e bicos de mamadeiras customizados em todo o país. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (15). A partir de agora, os estabelecimentos (lojas físicas e virtuais) onde forem encontradas irregularidades estão sujeitos a multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, além de recolhimento do produto.

O Inmetro considera como customização qualquer mudança do modelo original certificado. Isso inclui tanto a adesão de cristais, pérolas e miçangas, por exemplo, quanto adereços fixados com colas ou adesivos. Pintura de elementos decorativos e alteração da cor também entram nessa categoria. “Não há como confiar que o produto se mantenha seguro e não coloque o usuário em risco”, disse o órgão, em nota. 

Perigo nacional

De acordo com o Ministério da Saúde, a sufocação é a terceira principal causa de morte de crianças de 0 a 14 anos de idade, perdendo apenas para os casos de afogamento e acidentes de trânsito.

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