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Giovanna Ewbank critica falta de bonecas negras nas lojas de brinquedos

"O que para nós, pais de uma criança negra, é muito frustrante, triste e revoltante", afirmou a mãe de Titi nas redes sociais.

Por Nathália Florencio
21 Maio 2018, 14h20

Basta uma rápida visita a uma loja infantil para notar que bonecas loiras, brancas e de olhos azuis ainda predominam nas prateleiras. E Giovanna Ewbank, mãe da pequena Titi, de 4 anos, resolveu falar sobre essa falta de representatividade negra entre os brinquedos em uma série de postagens feitas no último domingo, 20, na ferramenta Stories, do Instagram.

“Todas as vezes que eu passo nessa loja, eu presto atenção nisso e fico muito revoltada. Só que não é só nessa loja. A gente passa por isso o tempo todo”, desabafou a atriz, que estava em um aeroporto de São Paulo. “Em todas as lojas de brinquedos, sempre que a gente vai para comprar pra Titi ou pra algum amiguinho uma boneca ou boneco negro não tem. A única que chega perto é a Moana”, acrescentou Giovanna, fazendo referência à personagem da Disney.

Giovanna Ewbank fala sobre falta de bonecas negras nas lojas de brinquedos
(Instagram @gio_ewbank/Reprodução)

Esse debate sobre a importância da representatividade para a construção da identidade durante o processo do brincar tem aumentado entre os pais. Mas isso infelizmente ainda não se reflete numa mudança significativa entre os fabricantes. É o que apontou um levantamento feito em março de 2018 pela campanha Cadê nossa boneca?, em parceria com a ONG Avante. Lançada em 2016, a iniciativa repetiu a pesquisa realizada há dois anos e mostrou que o cenário pouco mudou – antes, apenas 6,3% do total de bonecas produzidas no país eram negras e, agora, esse número subiu para 7%.

“O que para nós, pais de uma criança negra, é muito frustrante, triste e revoltante, porque a gente busca recursos para que ela se reconheça, mas é muito complicado”, ressaltou Giovanna nas redes sociais.

Essa não é a primeira vez que a atriz fala sobre o assunto. Em recente entrevista exclusiva ao Bebê.com.br, a mãe de Titi disse que sempre busca levar referências para a filha, seja em livros, histórias ou brinquedos. “A Titi tem várias bonecas negras e ela se reconhece nelas e nos livros em que os personagens principais são negros. A gente tem esse trabalho e se preocupa muito em trazer essa representatividade para dentro de casa. Tanto que fomos para a Bahia, fizemos questão de levá-la ao Ylê [bloco carnavalesco de Salvador]“, contou em março deste ano.

 

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