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Dicas para tirar fotos de pais e filhos

Selecionamos belas imagens e conversamos com fotógrafos que dão dicas para registrar os momentos entre pais e filhos. Inspire-se nesses cliques!

Por Bruna Stuppiello (colaboradora)
Atualizado em 4 nov 2016, 07h18 - Publicado em 20 Maio 2015, 13h20

A relação que um pai tem com seus filhos é inexplicável: um misto de amor, proteção, cumplicidade, carinho e muito mais. Os momentos que eles compartilham merecem ser registrados e, a seguir, damos dicas de especialistas de como fazer isso – além, é claro, de mostrar algumas de suas mais lindas fotos.

O papel do pai

Segundo Irmina Walczak, fotógrafa do estúdio Panoptes Fotografia Criativa, as fotografias de pais e filhos de hoje em dia têm o caráter de quebrar os antigos estereótipos. “Há três mensagens muito importantes nessas fotos: que aquela coisa da mãe cuidar do lar e dos filhos e o pai sustentar a casa é coisa do passado; que os pais cuidam de seus filhos e exercem as tarefas diárias com mesmo empenho e habilidade que as mulheres; e que a ternura e o carinho fazem parte de qualquer relação de amor”, diz ela.

Dessa maneira, a fotógrafa Estéfi Machado busca a espontaneidade durante seus ensaios. “Acho sempre interessante mostrar momentos singelos da vida real”, ela conta, “sejam eles brincando, correndo, dormindo… são sempre momentos de muita cumplicidade”. A fotógrafa Marina Ushiro concorda: “Cada pai se relaciona de uma forma única com seus filhos. O importante é deixá-los à vontade para que o registro seja natural”, diz ela. “O mais importante é registrar a troca de carinho, as brincadeiras, olhares e gestos. O relacionamento entre pai e filho”.

Tímidez

Segundo Marina, alguns pais ficam acanhados com a ideia de fazer um ensaio fotográfico, mas o problema é facilmente contornável. “Eles iniciam a sessão meio tímidos, mas basta liberarmos uma brincadeira, algo mais divertido e eles se soltam”, conta ela.

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Irmina acredita que os próprios filhos ajudam a descontrair. “Homens são mais envergonhados frente à câmera. Porém, quando se trata de fotos com filhos… eles se soltam por completo e parecem esquecer da nossa presença. Fazem de tudo para a brincadeira do momento ficar boa”, diz ela.  Sobre fotos em que o bebê ainda é muito pequeno e frágil para brincar, Irmina sugere dar liberdade ao pai para escolher como quer ser fotografado. “Antes de sugerir qualquer pose ou atividade, é bom perguntar o que ele gosta de fazer com o bebê, onde costumam ficar juntos, qual é sua maneira preferida de segurá-lo”. Para a fotógrafa, essa simples pergunta já faz com que os pais deem ideias originais, além de ajudar a quebrar o gelo, deixando-os mais à vontade.

Pai, o primeiro protetor

Muitas fotos de pais com seus filhos mostram a relação de proteção que existe entre os dois. Para Irmina Walczak, uma das melhores maneiras de expressar isso é mostrando a diferença de tamanhos. “Nós buscamos explorar a diferença dos tamanhos de maneira que a ternura e a delicadeza do forte com o frágil entre em evidência, assim como o envolvimento do pai nos cuidados com o bebê”, conta ela. “A fragilidade e a delicadeza do bebê contrastam com o imponente corpo do pai. Mas a mesma grandeza, se bem explorada, pode passar a mensagem do carinho e da proteção através das mãos envolvendo o bebê, da pose de segurá-lo pertinho do corpo ou de um olhar expressivo em busca da conexão”.

Entrando na brincadeira

Nem sempre é o caso, mas a maioria dos pais gosta de fazer brincadeiras agitadas com seus filhos, e isso merece ser registrado. “Cada família tem um jeito, mas, no geral, as fotos com pais são mais vibrantes, têm mais movimento”, diz Estéfi.

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Para Irmina, esses momentos são importantes de serem fotografados. “Se jogar o bebê para o ar, colocar ele de cabeça para baixo, correr com ele na corcunda faz parte do repertório das brincadeiras entre o pai e o filho, não deixe de fotografá-las”, diz ela. “Além de registrar uma parte lúdica da relação, vai ter oportunidade de eternizar sorrisos e gargalhadas dos dois lados”. A fotógrafa estimula, inclusive, que o pai participe das brincadeiras particulares dos pequenos. “Encoraje o pai a mergulhar no mundo da criança mesmo que isso signifique sair por aí fantasiado de fada”, ela brinca.

Além disso, propor as brincadeiras é uma ótima maneira de fazer com que pai e filho se soltem e se esqueçam da câmera. “É importante deixá-los à vontade para que o registro seja natural”, diz Marina Ushiro.

O pai e a barriga

Não é segredo que, para uma mãe, é mais fácil se relacionar com o bebê que ainda não nasceu – afinal, é dentro dela que ele está crescendo, se desenvolvendo e já estabelecendo uma relação de amor e conhecimento mútuo. Mas isso não significa que o pai também não tenha seu próprio relacionamento sendo construindo que aquele serzinho. “Como a gravidez é vivenciada mais à distância pelo pai, ele tem um cuidado ao tocar na barriga, um olhar de admiração para aquilo”, explica Estéfi Machado. “Isso aparece muito nas fotos. Minha dica é fotografar momentos espontâneos do pai se relacionando com a barriga”.

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