Como escolher bons livros para formar crianças leitoras
Entre 6 e 10 de novembro, ocorre a Festa do Livro da USP, uma oportunidade para garimpar obras de qualidade com desconto direto com as editoras
A literatura é capaz de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, aprimorar a linguagem e estimular a imaginação das crianças, além de promover empatia e compreensão social. Ter um acervo literário em casa cria um ambiente estimulante para a leitura e propício para a formação de sujeitos leitores e mais críticos. Nesse sentido, entre os dias 6 e 10 de novembro, a 26ª Festa do Livro da USP (Universidade de São Paulo) oferece uma oportunidade para garimpar obras de qualidade com desconto direto das editoras. No entanto, como escolher títulos que realmente engajem as crianças?
“Ao escolher um livro, o adulto deve investir na experiência de leitura. Valer pensar se aquela narrativa te toca. Se isso acontecer, é provável que envolva a criança também. Quando um livro de literatura para infância desperta o interesse de um adulto, isso indica que o autor capturou algo essencial relacionado à infância dentro de nós”, explica Malu Carvalho, pedagoga e especialista em literatura para infâncias do Grupo Eureka.
Os livros ideais são aqueles que:
- Exploram a diversidade de estilos e linguagens estéticas: A especialista recomenda buscar diversidade em autores, gêneros e formatos – incluindo poesia, narrativas ilustradas e livros informativos. “Isso permitirá que os leitores ganhem repertório para entenderem o que eles realmente gostam.”
- Apresentam riqueza visual e estética: Malu relembra o conceito da ilustradora checa Kveta Pacovská, que descreve o livro como a primeira galeria de arte que uma criança visita. “É essencial oferecer um leque de possibilidades visuais, com técnicas variadas como colagens, pintura e ilustrações digitais, para que a criança tenha contato com diferentes formas de expressão artística”, enfatiza.
Escolher livros que combinam ludicidade, poesia e diversidade de linguagens é fundamental para proporcionar uma experiência rica e sensível ao jovem leitor. “O que torna um livro poderoso é sua capacidade de sensibilizar, mesmo que não seja explícito em seu conteúdo poético. Livros que exploram diversos autores e estilos, com uma linguagem visual e textual atraente, formam um combo poderoso para que a criança se sinta estimulada e respeitada em seu processo de aprendizado”, conclui Malu.
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