Como ajudar seu pet a lidar com a chegada de um bebê na família
Dicas para levar o bebê pra casa e introduzi-lo na rotina do pet sem conflitos

A chegada de um bebê costuma transformar completamente a rotina da casa. Para os pais, é um período de adaptação e organização. Para os animais de estimação, também. Acostumados com atenção exclusiva e um ambiente previsível, cães e gatos podem reagir de forma diferente quando percebem que algo está mudando. Por isso, preparar o pet para essa nova fase é importante para manter o bem-estar de todos.
O ideal é que as mudanças comecem ainda durante a gestação. Isso evita que o animal associe a nova rotina diretamente ao bebê. Pequenas adaptações feitas aos poucos ajudam o pet a se sentir incluído e mais seguro.
Comece a adaptação ainda durante a gravidez
O primeiro passo é preparar o ambiente. Deixe que o pet circule pelo quarto do bebê, sinta os novos cheiros e se acostume com os objetos que passaram a fazer parte da casa. Vale até usar sons de choro de bebê disponíveis na internet, em volume moderado, para que o animal se familiarize com os ruídos que ouvirá em breve.
Segundo Marina Meireles, veterinária comportamentalista do centro Nouvet, o mais indicado é evitar mudanças bruscas. Quando as alterações são feitas de uma vez, como deixar de permitir a entrada do pet em determinados cômodos ou diminuir o contato, o animal pode desenvolver comportamentos indesejados, como latidos excessivos, arranhões em móveis ou apatia.
Apresente o bebê ao pet com calma e no tempo dele
O primeiro encontro entre o bebê e o pet deve ser feito com supervisão. Comece com aproximações visuais e respeite os sinais do animal. Forçar o contato pode causar estresse e confusão. Uma boa forma de iniciar essa etapa é permitir que o pet cheire objetos do bebê, como uma manta ou uma roupinha usada.
É importante lembrar que cada animal reage de forma diferente, por isso, o processo pode levar mais ou menos tempo. O mais importante é que ele se sinta seguro e continue incluído na rotina da casa.
Crie momentos de atenção exclusiva para o pet
Mesmo com a rotina mais cheia, manter uma programação individual com o animal pode fazer diferença. Pode ser um passeio mais longo, um tempo de brincadeira ou apenas um carinho no fim do dia. Isso reforça o vínculo e evita que o pet se sinta deixado de lado.
Além disso, o enriquecimento ambiental pode ajudar bastante. Brinquedos interativos, comedouros que desafiam o animal e atividades que estimulem o olfato e o raciocínio mantêm cães e gatos mais ativos, diminuindo o tédio e a ansiedade.
Fique atento à saúde física e emocional do animal
Levar o pet ao veterinário antes da chegada do bebê é uma medida importante. O check-up garante que vacinas, vermífugos e outros cuidados estejam atualizados. Além disso, é uma boa oportunidade para conversar com o profissional sobre como o animal vem se comportando, e se há sinais de estresse ou desconforto.
Cuidar da saúde mental do pet é tão importante quanto zelar pela saúde física. Se houver sinais de mudança de comportamento, como agressividade ou isolamento, vale buscar orientação especializada.
Planejamento e paciência ajudam na convivência
Cada pet reage de um jeito às mudanças na rotina da casa. Por isso, o mais indicado é fazer a transição de forma gradual, sempre com paciência e acolhimento. Com o tempo, o animal se ajusta à nova dinâmica familiar e pode, inclusive, se tornar um grande companheiro do bebê.
O convívio entre crianças e animais pode trazer benefícios para todos os lados, mas é responsabilidade dos adultos garantir que esse processo aconteça com segurança, respeito e atenção.