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Cartilha do Inmetro chama atenção para a segurança das roupas infantis

Documento alerta também para a importância das informações contidas na etiqueta de peças de roupa, cama e banho dos pequenos.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 22 out 2016, 15h20 - Publicado em 18 set 2015, 15h42

No início de setembro de 2015, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) lançou uma cartilha que aborda, entre outras coisas, o risco que o vestuário infantil pode oferecer aos pequenos. O objetivo é orientar os consumidores sobre os cuidados necessários na hora de escolher uma peça para a criança.

Segundo o documento, roupas destinadas a meninos e meninas de 0 a 7 anos precisam de atenção extra. Modelos com capuz, por exemplo, não devem ter cordões na área da touca ou do pescoço – o ideal é que venham com abas ajustáveis. No caso de vestimentas com botões que serão usadas por crianças muito pequenas, é preciso checar se os adereços podem ser quebrados facilmente ou levados à boca do bebê. O mesmo vale para o zíper: a recomendação é escolher aqueles que não têm abertura no puxador, pois a fenda pode se encaixar em dentes de leite e causar acidentes. Já aquelas peças com velcros ou adesivos termocolantes são contraindicadas para os pequeninos menores de 3 anos de idade, pois podem ser engolidos. E para aqueles de até 7 anos, outro adorno que merece a atenção dos pais é o velcro, que deve ser evitado pela possibilidade de irritar ou até mesmo cortar a pele. Os mais seguros são os que possuem a base com pontas arredondas e sem arestas.

Nos Estados Unidos, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo registrou, entre os anos de 1985 e 2011, 110 casos de acidentes envolvendo roupas – oito deles resultaram em mortes. “No Brasil, ainda não há registro específico sobre acidentes com vestuário, mas dados do Datasus de 2011 mostram que mais de 500 crianças foram hospitalizadas, vítimas de acidentes em parquinhos. A principal causa de morte de bebês de até um 1 de idade é sufocamento. Segundo especialistas, parte desses acidentes foi causada por acessórios em camisas, por exemplo, como os cordões”, diz André dos Santos, chefe da Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade do Inmetro.

Etiquetas

A cartilha também chama atenção para a necessidade de verificar os dados que estão nas etiquetas afixadas em peças de roupa, cama e banho. O documento explica que é preciso se atentar à origem da vestimenta, à composição (a fim de prevenir reações alérgicas causadas por determinadas fibras ou filamentos) e aos cuidados de conservação. Por lei, as informações contidas em etiquetas de roupas, travesseiros, colchões, almofadas e toalhas de mesa são obrigatórias e devem estar sempre à vista do consumidor. Todas precisam apresentar: nome ou razão social ou marca registrada do fabricante, a identificação fiscal do fabricante nacional ou do importador (CNPJ), país de origem, nome das fibras e sua composição expressas em porcentagem, uma indicação de tamanho e, pelo menos, as cinco principais formas de conservar cada tipo de tecido por meio de símbolos e/ou texto.

Confira aqui a cartilha completa

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