Cama compartilhada com o bebê: dicas para proteger seu filho e o relacionamento do casal

Entenda prós e contras da prática de dividir a cama com o bebê

Por Redação Pais e Filhos
19 dez 2024, 15h00
Mãe e e bebe dormindo/ sono/ cama compartilhada
 (William Fortunato/Pexels)
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Dividir a cama com o bebê pode tornar a rotina mais prática para pais e mães, especialmente quando se trata de amamentar ou acalmar a criança durante a noite. Essa prática, conhecida como cama compartilhada, tem vantagens e desvantagens, tanto em relação à saúde do bebê quanto à dinâmica familiar. A seguir, abordamos os principais prós e contras da cama compartilhada, bem como dicas para torná-la mais segura e manter o espaço para a intimidade do casal.

Vantagens da cama compartilhada

Para muitos pais, a cama compartilhada facilita o cuidado noturno e a amamentação. Estar próximo ao bebê pode proporcionar mais conforto e segurança para a criança, promovendo um sono mais tranquilo. Além disso, a prática fortalece o vínculo familiar, criando um ambiente acolhedor e seguro para o bebê. Muitos pais que optam pela cama compartilhada veem nessa proximidade uma maneira de proporcionar segurança afetiva e apoiar o desenvolvimento emocional da criança.

Riscos e cuidados necessários

A cama compartilhada, porém, apresenta riscos que precisam ser considerados. A Sociedade Brasileira de Pediatria, alinhada à Academia Americana de Pediatria, alerta que a prática pode estar associada a casos de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), asfixia e sufocamento acidental. Os principais riscos envolvem a possibilidade de o bebê ficar preso, sufocar ou cair da cama. Caso os pais escolham a cama compartilhada, algumas recomendações incluem:

  • Utilizar um colchão firme colocado no chão ou em uma cama espaçosa para acomodar todos com segurança.
  • Evitar objetos soltos como travesseiros, cobertores, bichos de pelúcia ou almofadas que possam obstruir a respiração do bebê.
  • Manter o ambiente bem ventilado e controlar a temperatura, pois o superaquecimento é um fator de risco para a SMSI.
  • Colocar o bebê de barriga para cima, a posição recomendada para reduzir o risco de asfixia.

A prática da criação com apego

A cama compartilhada é uma prática comum entre pais que adotam a criação com apego, abordagem que enfatiza a proximidade física como forma de fortalecer o vínculo afetivo entre pais e filhos. Muitos pais acreditam que, ao dormir perto dos filhos, podem proporcionar um ambiente emocionalmente seguro. No entanto, a criação com apego não se limita ao compartilhamento da cama; é importante que a criança sinta segurança em diversos momentos ao longo do dia. A cama compartilhada é apenas uma das maneiras de fortalecer esse vínculo.

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Como preservar a privacidade do casal?

Manter a intimidade do casal pode ser um desafio para aqueles que adotam a cama compartilhada. É importante que os pais conversem com as crianças sobre a importância de respeitar o espaço dos adultos. Embora o papel de pai e mãe seja fundamental, é necessário reservar momentos para o casal. Especialistas recomendam que os pais estabeleçam limites claros e ensinem a criança que todos na família têm seu próprio espaço.

Para preservar a relação, algumas dicas incluem:

  • Planejar momentos a dois fora do ambiente familiar, como um jantar ou passeio, sempre que possível.
  • Contar com a ajuda de familiares ou uma babá de confiança para passar algumas horas juntos, sem interrupções.
  • Criar uma rotina semanal de “tempo para o casal”, mesmo que breve, para manter o vínculo romântico e a conexão como parceiros.
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A prática de manter o tempo a dois beneficia não apenas o casal, mas também o desenvolvimento do filho, pois ele aprende sobre a importância do equilíbrio entre os papéis familiares e a privacidade.

A decisão é sempre sua

A cama compartilhada é uma decisão pessoal que cada família deve tomar com base em seu contexto e na avaliação dos riscos e benefícios. Para aqueles que optam por essa prática, é fundamental garantir a segurança do bebê durante o sono e, ao mesmo tempo, estabelecer limites que permitam a preservação da intimidade do casal. Com planejamento e comunicação, é possível encontrar um equilíbrio que atenda às necessidades de todos, respeitando a individualidade e promovendo o bem-estar familiar.

Consultoria:  Dra. Thais Bustamante, pediatra e neonatologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Alina Purvinis, psicóloga e psicoterapeuta.

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