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5 mudanças no comportamento dos bebês aos 2 anos de idade

Ao completarem o segundo ano de vida, os pequenos começam a perceber que são independentes da mãe. Com isso, vem a fase da birra, da teimosia, do falatório... Fique por dentro do que está passando na cabeça do seu filhote nesse momento.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 20h13 - Publicado em 23 Maio 2016, 17h02

Por volta dos 2 anos de vida, aquela criança brincalhona, fofinha e risonha passa a surpreender os pais com comportamentos capazes de tirar qualquer um do sério – é quando as birras, as teimosias e até a agressividade dão as caras. Estamos falando da chamada adolescência do bebê, que se estende, em média, dos 18 meses aos 3 anos de idade e marca o começo da percepção dos pequenos enquanto indivíduos. Você está passando por isso com o seu filhote? A seguir, saiba tudo o que os baixinhos estão descobrindo nessa fase.

1. “Sou um ser falante!”

Quando assopram as velinhas do segundo aniversário, a maior parte dos meninos e meninas já passou da fase de balbuciar “papapá” e “mamamá”, por exemplo. Estima-se que uma criança de 2 anos seja capaz de nomear 300 coisas! Nessa etapa, o aprendizado linguístico está a todo vapor: os pequenos aprendem entre 10 e 20 palavras novas todos os dias. Com isso, começam a formar as primeiras frases. “Eles já conseguem se comunicar e se expressar mais pela fala do que pelo comportamento”, explica a psicopedagoga Larissa Fonseca, especialista em Psicanálise e Educação pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).  

2. “Eu tenho as minhas próprias vontades”

Durante a sua “adolescência”, o bebê se dá conta de que ele não é um ser ligado diretamente à sua mãe, mas um indivíduo. “A criança percebe que tem vontades e preferências”, conta Larissa, que é autora do livro Dúvidas de Mãe (Parábola Editorial). No entanto, os baixinhos ainda não apresentam maturidade para refletir sobre as suas escolhas e lidar com as consequências delas. Portanto, a dica é deixar que eles tomem as suas decisões, mas dentro de uma seleção feita pelos pais. Por exemplo: se o seu filho quer escolher qual roupa vai usar, ofereça algumas opções que você elegeu. Assim, ele consegue ter certa autonomia, mas dentro de um limite.

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3. “Não quero”

“Essa é a fase do não”, afirma Larissa Fonseca. Com a percepção de sua individualidade, a criança aprende que pode contrariar a vontade da mãe, do pai e daqueles que cuidam dela. Por outro lado, o pequeno ainda não sabe por que está se opondo às ordens recebidas. “Essa negação vem como um reforço da própria identidade”, esclarece a psicopedagoga.

Não raro, a atitude tira os cuidadores do sério. Mas o conselho é ter paciência e entender que esse comportamento é saudável e faz parte do desenvolvimento infantil. No dia a dia, procure não dar margem para que o seu filhote seja do contra. “Ao invés de perguntar ‘você quer tomar banho?’, diga ‘vamos tomar banho'”, exemplifica Fonseca. Se o pequeno se opor, não dê mole! “Afirme ‘é hora, sim. Você quer ir sozinho ou de mão dada?'”, orienta a especialista.

4. “Posso ser bravo e birrento”

Com 2 aninhos a meninada já é mestre na arte de fazer birra. “Esse comportamento é sempre uma tentativa de se conseguir o que quer”, pontua Larissa. E isso é até natural, já que, nessa idade, as crianças ainda não apresentam tantas habilidades argumentativas. A questão é que, se atingem seus objetivos por esses meios, os pequenos sempre vão usar essa estratégia. Mais uma vez, a recomendação é ter calma e ser paciente.

Há também aqueles que desenvolvem uma postura agressiva – batem, beliscam ou até mordem para obter o que desejam. Mesmo sendo algo esperado nessa faixa etária, não é aceitável. “Esse comportamento deve ser coibido com conversa”, propõe a psicopedagoga. Nos casos das crianças que agem assim com frequência, é importante consultar um especialista, porque pode ser indício de algum problema social ou psicológico.

5. “As minhas atitudes terão consequências”

Desde cedo, é importante aprender que para cada ação há uma reação. Aos 2 anos, os bebês já conseguem entender que as suas escolhas e atitudes ruins terão consequências. Mas nada de aplicar castigos longos ou que só começarão a valer depois de um tempo. “Eles não têm noção de que, se não fizerem algo agora, serão punidos mais pra frente”, observa Larissa. A orientação é aplicar a medida na hora em que o seu filho se comportar mal. “E que seja uma perda de privilégio, de algo que ele goste, como brincar”, diz a especialista. “A criança precisa sentir que perdeu para aprender o que aquilo significa”, assegura.

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