Sono agitado em bebês: principais causas e dicas para noites mais tranquilas

As fases do desenvolvimento infantil torna o sono dos pequenos mais agitados; Saiba como melhorar a qualidade do sono

Por Redação Pais e Filhos
24 Maio 2025, 07h00
Na foto, uma menina de pele clara e camiseta branca está com o braço direito sobre o rosto, tampando os olhos. No braço, há dois olhos desenhados de preto. No fundo, a parede é branca com luzinhas penduradas.
 (FluxFactory/Getty Images)
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O sono dos bebês costuma ser repleto de movimentações, despertares e até sustos. Se você já passou horas tentando entender por que seu filho se mexe tanto à noite, saiba que esse comportamento é comum — e tem explicações científicas. A forma como os pequenos dormem é bem diferente da dos adultos e está diretamente ligada ao seu estágio de desenvolvimento neurológico. A boa notícia é que existem maneiras simples de tornar as noites mais tranquilas para toda a família.

Por que o sono do bebê é tão instável?

Nos primeiros meses de vida, os ciclos de sono dos bebês são mais curtos do que os dos adultos e alternam entre duas fases principais: o sono REM, mais leve e ativo, e o sono NREM, mais profundo e restaurador. No início da vida, o bebê passa mais tempo no sono REM, o que significa que ele se movimenta mais, faz pequenos sons, respira de forma irregular e pode acordar com facilidade.

Esse padrão é natural e tem uma função importante: durante o sono REM, o cérebro do bebê processa estímulos, consolida memórias e amadurece conexões neurais. Com o tempo, à medida que o sistema nervoso se desenvolve, os ciclos de sono vão se alongando e o tempo em sono profundo tende a aumentar, deixando as noites menos agitadas.

Reflexo de Moro: o susto que atrapalha o descanso

Outro fator comum que interfere no sono tranquilo dos bebês é o Reflexo de Moro. Trata-se de uma resposta involuntária do corpo que ocorre quando o bebê sente um desequilíbrio, escuta um barulho repentino ou percebe uma mudança brusca no ambiente. O bebê pode abrir os braços de forma abrupta, esticar as pernas e até chorar — tudo isso enquanto está dormindo.

Esse reflexo é considerado normal até os quatro ou cinco meses de idade e faz parte do desenvolvimento motor. Apesar de inofensivo, pode provocar despertares frequentes, especialmente nas primeiras semanas de vida.

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Outros fatores que causam sono agitado

Além dos reflexos naturais, conforme o bebê cresce, outras questões podem atrapalhar a noite de sono. A privação de descanso, por exemplo, pode tornar o sono mais leve e fragmentado. Se o bebê estiver muito cansado, é possível que tenha mais dificuldade para adormecer ou se manter dormindo. Mudanças na rotina, desconforto físico, saltos de desenvolvimento e até os chamados terrores noturnos, que costumam surgir por volta dos 18 meses, também podem gerar noites mais inquietas.

O que fazer para acalmar o bebê à noite

Apesar de o sono agitado ser esperado, é possível tornar o ambiente mais acolhedor e ajudar o bebê a descansar melhor. Veja algumas estratégias:

  • Crie uma rotina noturna: Horários regulares para dormir, com uma sequência previsível de atividades (banho morno, massagem leve, história ou canção), ajudam o bebê a entender que é hora de desacelerar.
  • Reduza estímulos: Evite telas, brincadeiras agitadas e luzes fortes antes do sono. Um quarto com iluminação suave, pouco barulho e temperatura agradável contribui para o relaxamento.
  • Aposte no contato físico: Para recém-nascidos, o colo, o toque e a amamentação são formas potentes de conforto. Envolver o bebê com mantas leves ou usar técnicas de contenção, como o “charutinho” (swaddle), pode reduzir o Reflexo de Moro, mas deve ser feito com segurança e orientação.
  • Ofereça segurança: Alguns bebês dormem melhor com objetos de transição, como naninhas. Também é importante garantir que o berço esteja livre de ruídos ou elementos que possam incomodar.
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Quando é hora de procurar o pediatra

É esperado que o sono do bebê seja fragmentado, especialmente nos primeiros meses. No entanto, se os despertares forem excessivos, acompanhados de irritabilidade persistente ou sinais de desconforto, pode ser o momento de conversar com o pediatra. Condições como refluxo, cólicas, alergias alimentares ou distúrbios do sono podem interferir no descanso do bebê e precisam de avaliação.

O sono infantil é uma parte essencial do desenvolvimento físico e neurológico. Com informação, paciência e algumas adaptações no dia a dia, é possível tornar as noites mais tranquilas para o bebê — e para os adultos também.

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