Seu filho engoliu ou colocou algo no nariz? Veja como agir com segurança

Dicas de primeiros socorros que podem ser útil em casos de engasgos

Por Redação Pais e Filhos
11 abr 2025, 12h00
bebe boca
 (guruXOOX/Getty Images)
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É questão de segundos: a criança engole uma moeda, enfia um brinquedo no nariz ou descobre que o ouvido parece o esconderijo perfeito para uma bolinha. Situações como essas são mais comuns do que se imagina, especialmente entre 6 meses e 3 anos de idade, fase em que a curiosidade e a vontade de explorar o mundo com as mãos — e a boca — estão à flor da pele.

Apesar do susto, é importante manter a calma e agir com rapidez para evitar complicações. Entenda como identificar os sinais de perigo e o que fazer em cada situação.

Se a criança engolir um objeto

Moedas, peças pequenas de brinquedos, balas duras, amendoins e até pipoca estão entre os itens que mais causam acidentes de ingestão. Os sinais de que a criança engoliu algo perigoso incluem tosse persistente, dificuldade para engolir, engasgo, vômito e, nos casos mais graves, falta de ar.

O que fazer:

  • Se a criança estiver tossindo, mas ainda conseguir respirar, incentive a tosse, pois ela é a defesa natural do corpo para expulsar o objeto.
  • Não tente levantar os braços ou bater nas costas, isso pode fazer o objeto se mover para uma posição ainda mais perigosa.
  • Se a tosse não resolver ou se houver dificuldade para respirar, leve a criança imediatamente ao pronto-socorro ou ligue para o serviço de emergência (193).

Em casos de engasgo completo, quando a criança não consegue respirar ou emitir sons, é necessário aplicar a manobra de Heimlich. Se você não souber fazer, peça ajuda à emergência enquanto tenta manter a criança consciente.

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Quando o objeto vai parar no ouvido

Brinquedos, pedrinhas e até pequenos pedaços de comida podem acabar dentro do ouvido das crianças. Os sinais de que algo está preso incluem dor, coceira intensa, inchaço, secreção com mau cheiro e até perda temporária da audição.

O que fazer:

  • Não tente remover o objeto com cotonetes, pinças ou os próprios dedos, isso pode empurrá-lo ainda mais para dentro e causar lesões no canal auditivo.
  • Se for algo visível e superficial, leve a criança a um ambiente iluminado e tente observar com calma. Se o objeto estiver muito próximo da entrada do ouvido, uma ida imediata ao médico é a melhor decisão.
  • Em casos mais complicados, pode ser necessário um procedimento médico para remover o objeto com segurança.

Se o perigo estiver no nariz

As narinas são pequenas, mas despertam uma curiosidade enorme nos pequenos. Feijão, bolinhas, pedaços de borracha ou tampinhas costumam ser os campeões de aparições nos prontos-socorros pediátricos. Quando o adulto não vê a criança colocando o objeto, sinais como secreção com odor forte e persistente ou dificuldade para respirar por uma das narinas podem indicar o problema.

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O que fazer:

  • Se o objeto estiver visível, tente removê-lo com os dedos, com cuidado para não empurrá-lo ainda mais.
  • Uma técnica que pode funcionar é tampar a narina que está livre e pedir para a criança assoprar com força pelo nariz, como se estivesse assoando. Essa pressão pode deslocar o objeto.
  • Se não der certo ou se o objeto não estiver aparente, procure ajuda médica. Tentar mexer sem o equipamento adequado pode causar ferimentos.

Primeiros socorros: agilidade é essencial

Se o objeto causar engasgo grave ou comprometer a respiração, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (193) ou para o SAMU (192). Enquanto o socorro não chega, mantenha a calma e, se possível, aplique os procedimentos de primeiros socorros adequados para a situação.

Além disso, buscar informações sobre prevenção de acidentes e segurança infantil é uma ótima maneira de se preparar para situações inesperadas. A ONG Criança Segura oferece conteúdos e orientações que podem ser valiosas para pais, mães e cuidadores.

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Prevenção é sempre o melhor caminho

Embora imprevistos possam acontecer, algumas atitudes simples ajudam a minimizar os riscos:

  • Mantenha objetos pequenos fora do alcance das crianças.
  • Inspecione os brinquedos e prefira modelos sem peças destacáveis para crianças menores de 3 anos.
  • Supervisione a criança durante as brincadeiras e as refeições, especialmente com alimentos duros ou que se quebram em pedaços pequenos.

Transformar a casa em um ambiente seguro é um passo importante para proteger os pequenos exploradores. E, quando o inesperado acontecer, saber como agir faz toda a diferença para manter a criança fora de perigo.

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