Saiba quando e como estimular a fala do seu bebê

Entenda o processo de desenvolvimento da fala dos bebês e como auxiliar nesse projeto

Por Redação Pais e Filhos
23 jul 2025, 12h00
Marcos do desenvolvimento infantil: Como a fala e a mobilidade evoluem?
 (Flavia Morlachetti/Getty Images)
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Durante seus primeiros anos do bebê, é comum que aqueles que os cuidam dele frequentemente perguntam sobre o avanço na fala, ansiosos de oferecer o apoio apropriado para o desenvolvimento de suas habilidades vocais. Trocar informações é algo essencial para vivermos bem em sociedade, e a fala é uma das formas mais importantes de fazer isso. É normal que nesse momento, quando o bebê começa a se comunicar, traga dúvidas e ansiedade. Mas, com carinho e as estratégias certas, tudo pode ser mais tranquilo e cheio de descobertas gostosas.

O ritmo único de cada pequena voz: calma e encorajamento na jornada comunicativa

Frequentemente, os pais ou familiares podem sentir-se apreensivos caso a criança não comece a falar, dentro do período que se costuma esperar. A inquietação em relação ao progresso da expressão é algo perfeitamente compreensível. Mas, é essencial recordar que cada ser segue seu próprio ritmo para dominar essa capacidade. Entender como apoiar corretamente esse crescimento pode suavizar um pouco das incertezas habituais sentidas pelos responsáveis. 

É um alívio saber que não existe uma “corrida” para que os filhos comecem a vocalizar. Incentivar a comunicação por meio da voz desde cedo é algo importante para o amadurecimento do bebê. Conversar bastante com ele, mesmo que não haja uma devolutiva imediata, é um comportamento indicado. Esta ação simples desempenha um papel fundamental, pois auxilia na construção de um espaço repleto de elementos linguísticos para o recém-nascido. É um verdadeiro banho de sons e significados, que, pouco a pouco, constrói a base para a futura verbalização.

Olhos nos olhos: a magia da proximidade na construção da articulação

Falar diretamente ao pequeno, com o rosto posicionado de frente, é algo muito vantajoso. Esse posicionamento facilita o aprendizado através de indicadores visuais e auditivos. A proximidade mantida durante o diálogo permite que o bebê observe os movimentos feitos com a boca e escute nitidamente, aprimorando gradualmente sua aptidão para responder os fonemas que entende. Essa troca visual e sonora é ótima para o aprendizado da criança, que busca entender como funciona a verbalização. É como um espelho silencioso que reflete os sons e os movimentos que a criança tentará reproduzir.

Pequenos exploradores: postura e os primeiros sons rumo à fala

Outro ponto importante consiste em manter o pequeno em uma posição ereta sempre que possível. Esta postura expande o campo de visão da criança e favorece a emissão dos sons repetitivos que antecedem a linguagem, conhecidos como balbucio. 

Essas interações iniciais são imprescindíveis para que o bebê comece a assimilar e utilizar a comunicação. É como se o mundo se abrisse para ele de uma nova forma, incentivando-o a tentar interagir com o ambiente e as pessoas ao redor. A visão ampliada permite que o bebê observe mais e, consequentemente, tenha mais informações para processar e tentar vocalizar.

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Sabores e sons: como a alimentação modela a capacidade de articulação

A fase da introdução de alimentos sólidos proporciona novas possibilidades para o avanço da fala. Optar por texturas mais consistentes, evitando a purês ou líquidos, é aconselhável a partir dos seis meses de idade. Esta prática estimula movimentos bucais que são extremamente importantes para a evolução da expressão. 

Texturas diversas provocam a movimentação da língua e da mandíbula, e isso contribui para o progresso dos sons emitidos vocalmente. A inclusão de comida com diferentes consistências colabora para a flexibilidade necessária para a fala articulada. É um banquete de descobertas para a boquinha do bebê, fortalecendo a musculatura e a coordenação que serão usadas para articular as primeiras frases.

Sintonia perfeita: desvendando as mensagens e fortalecendo as conexões familiares

Entre o sexto e o nono mês de vida, os pequeninos costumam iniciar a emissão de balbucios, replicando sequências fonéticas elementares, como “mamã” ou “papá”. Nesta etapa, é de extrema importância conectar  esses sons a significados, respondendo ao balbucio com palavras compreensíveis. Isso contribui para que a criança relacione os sons que produz com uma troca de informações. 

Os cuidadores do bebê devem interpretar suas tentativas de comunicação, seja através do choro ou da expressão corporal, reforçando o entendimento de que o processo comunicativo é uma via de duas direções. Esta validação dos esforços do pequeno promove um ambiente onde ele se sente seguro para investigar e praticar sua capacidade de se expressar. 

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Os adultos, sejam pais ou outros tutores do infante, devem impulsionar essa interatividade, criando um elo que vai além das palavras e constrói uma base de confiança e segurança.

Tecnologia e o mundo vocal: navegando com prudência na era digital

O uso de telas no dia a dia das crianças tem levantado cada vez mais preocupações, especialmente quando se trata do desenvolvimento da fala. Pesquisas mostram que o contato exagerado com celulares, tablets e outros aparelhos eletrônicos pode atrapalhar a forma como bebês e crianças pequenas aprendem a linguagem. Nos primeiros anos de vida, nada substitui o contato direto com outras pessoas, o olhar, o tom de voz e a troca natural são fundamentais nesse processo.

Por isso, os especialistas recomendam evitar o uso de telas antes dos dois anos. Depois dessa fase, o ideal é limitar bastante o tempo de exposição. Afinal, a conversa de verdade, cheia de afeto e atenção, continua sendo o melhor estímulo para a linguagem infantil. É importante valorizar a conexão humana e deixar as telas para depois, garantindo um desenvolvimento mais saudável e verdadeiro.

Brincando e conversando: o prazer da descoberta vocal em família

As atividades recreativas constituem um componente fundamental do aprendizado na infância. Brincadeiras não apenas fortalecem os vínculos emocionais, mas também estimulam o avanço das capacidades auditivas e vocais. Durante esses instantes, o pequeno demonstra maior receptividade para assimilar novos sons e expressões. O jogo cria um cenário prazeroso onde a criança se sente à vontade para experimentar. 

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O propósito das brincadeiras deve ser o de criar ligações afetivas significativas, sem a obrigação de alcançar respostas verbais exatas. A prioridade é criar um espaço onde a criança se sinta confortável para explorar a linguagem e a troca de mensagens de modo natural e fluido. É no jogo que o som se torna palavra, e a palavra se torna ponte para o mundo, permitindo que a descoberta da linguagem seja uma aventura feliz.

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