O bebê está roncando? Saiba quando isso pode ser um sinal de alerta
A dificuldade respiratória do seu filho pode ter diversas causas. Entenda melhor aqui

Depois de um longo dia de cuidados com o bebê, vê-lo dormir tranquilamente é um alívio. Mas, de repente, um som mais alto surge no quarto. Se for apenas um ruído leve, pode ser algo comum. Porém, se o ronco for frequente e intenso, é importante observar melhor.
Assim como em adultos, o ronco nos bebês pode ter diferentes causas. Em muitos casos, ele é apenas um som passageiro, resultado do desenvolvimento natural das vias respiratórias. No entanto, em algumas situações, pode indicar problemas que precisam de atenção.
Como diferenciar o ronco de outros barulhos?
Nos primeiros meses de vida, os bebês podem emitir pequenos ruídos ao respirar. Isso acontece porque as vias aéreas ainda são estreitas e há pequenas quantidades de secreção, porém, esses sons costumam ser normais.
O que precisa ser observado é se o bebê apresenta pausas na respiração ou sinais de dificuldade para respirar. Os episódios em que o bebê fica roxo, tem obstruções prolongadas da respiração ou não consegue mamar e respirar ao mesmo tempo são sinais de alerta e exigem uma avaliação médica.
Se o ronco for apenas um som inofensivo, ele tende a desaparecer à medida que o bebê cresce. Por volta dos 5 ou 6 meses, quando ele já dobrou de peso, as vias aéreas também aumentam de tamanho, e os ruídos respiratórios diminuem.
O impacto do ronco no sono e no desenvolvimento
Mesmo que pareça estar dormindo bem, um bebê que ronca pode ter o sono prejudicado. Crianças com dificuldades respiratórias podem apresentar mais sonolência durante o dia, irritação e dificuldades na alimentação.
A falta dos estágios profundos do sono pode afetar a liberação do hormônio do crescimento, que ocorre em picos durante essas fases. O impacto do ronco também pode ser percebido no desenvolvimento neuropsicomotor, afetando a aprendizagem e a coordenação da criança.
Quando a cirurgia é necessária?
Na maioria dos casos, o ronco do bebê pode ser tratado sem necessidade de cirurgia. No entanto, existem situações em que a intervenção cirúrgica é a melhor solução.
A decisão de operar depende de três fatores: o tamanho da amígdala, o impacto do ronco no sono e o quanto isso interfere na rotina da criança. Além disso, algumas condições específicas, como tumores no nariz ou na garganta, malformações congênitas e síndromes que afetam o formato do rosto, podem exigir uma abordagem cirúrgica.
Sempre que possível, o tratamento clínico será a primeira opção. A cirurgia só é recomendada quando outras alternativas não resolvem o problema.
Como prevenir e tratar o ronco no bebê?
Algumas medidas ajudam a reduzir as chances do bebê desenvolver ronco e problemas respiratórios. O tratamento adequado de infecções como sinusite e amigdalite, além do controle da rinite, evita o aumento das amígdalas e da adenoide, que podem obstruir a passagem de ar.
Estimular o aleitamento materno, manter um ambiente limpo e evitar a exposição ao tabaco são formas eficazes de prevenir alergias e infecções respiratórias.
A lavagem nasal com soro fisiológico também é uma aliada na higiene das vias aéreas e pode ajudar a melhorar a respiração do bebê.
Caso o ronco se torne frequente ou seja acompanhado de dificuldade para respirar, procurar um médico é o melhor caminho para garantir que o bebê tenha um sono tranquilo e saudável.