Entenda por que o andador infantil é contraindicado pelos pediatras

Considerado desnecessário e ligado a acidentes, equipamento é alvo até de campanhas para ser banido no Brasil

Por Maurício Brum
1 nov 2024, 07h00
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O andador infantil pode fazer com que o bebê caminhe de uma maneira diferente do que faria naturalmente, além de aumentar o risco de acidentes (prostooleh/Freepik/Reprodução)
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Muito procurado por pais buscando dar mais autonomia às crianças em seus primeiros passos, os andadores infantis são foco de muita controvérsia entre os especialistas, que alertam para os riscos no desenvolvimento e até a chance de acidentes graves.

Na última década, diversos projetos de lei vêm discutindo o banimento desses equipamentos no país. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também endossa a medida, defendendo a proibição.

Mas, afinal, por que o andador infantil preocupa tanto os médicos?

Por que evitar o andador?

Há evidências de que o andador prejudica o desenvolvimento adequado da marcha da criança. Embora possa parecer à primeira vista que ele auxilia na locomoção pela casa, na prática esse “suporte” faz com que os pequenos se acostumem a caminhar de uma maneira diferente do que fariam naturalmente – quando estão sem o andador, isso tende a levar a uma demora maior para começar a caminhar do jeito correto.

A forma como a criança se apoia no equipamento também pode levar a alterações no próprio desenvolvimento anatômico, sobrecarregando a região da coluna e debilitando a musculatura necessária para caminhar sem apoio.

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A SBP também alerta, em particular, para o risco de quedas e fraturas associados ao uso do andador. Seja porque a criança não aprende a se equilibrar corretamente sem ele ou, mesmo, durante o próprio uso do equipamento, que (em função das rodinhas) pode se mexer a uma velocidade maior do que ela consegue controlar.

Quais as alternativas ao andador?

O andador é considerado desnecessário para a criança aprender a caminhar. Ou seja, para uma criança saudável que já engatinha e está tentando dar seus primeiros passos sobre duas pernas, a melhor alternativa é deixar a natureza fazer o seu papel.

Os pequenos não precisam de um equipamento externo para aprender a caminhar. Mas você pode recorrer a algumas técnicas para facilitar esse processo: incentive que eles caminhem descalços, garanta que os móveis estejam adequadamente protegidos para que a criança não se bata em caso de uma queda, e fique sempre de olho nesses momentos de maior autonomia, para protegê-la de acidentes.

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