Em desenhos, crianças sírias expressam como sofrem os horrores da guerra
Elas recebem o apoio de médicos e psicólogos da Sociedade Médica Sírio-Americana (Sams); conflito já dura sete anos
Por Raquel Drehmer
4 Maio 2018, 20h35
Desde 2011, a Síria vive uma guerra causada por conflitos entre o governo e rebeldes. Nestes sete anos, mais de 350 mil pessoas já morreram e outras 5 milhões fugiram para outros países. Cidades inteiras foram devastadas e mesmo as que não foram atacadas sofrem as consequências pela escassez no abastecimento de comida e água, por exemplo.
Há crianças que só conhecem a realidade de guerra: muitas nasceram quando o conflito já estava em curso, outras eram muito pequenas quando tudo começou e não têm memória de como era a vida em paz. Algumas, um pouco mais velhas, sentem saudades dos tempos em que podiam andar em segurança pelas bonitas ruas do país.
Para todas elas, a Sociedade Médica Sírio-Americana (Sams) oferece apoio médico e psicológico. O chefe do serviço, Mohammad Khalid Hamza, relata que o sentimento desses pequenos é o de que apenas após a morte poderão, talvez, brincar.
Uma parte do trabalho envolve a expressão dos sentimentos por meio de desenhos. Neles, crianças de até 14 anos de idade revelam medo, saudade e terror puro. Veja alguns deles.