Como a “voz de bebê” pode impactar o desenvolvimento da fala da criança

"baby talk" e pronuncia de forma equivocada podem atrapalhar o desenvolvimento do pequeno

Por Redação Pais e Filhos
20 fev 2025, 17h00
Como identificar precocemente problemas de fala e audição em crianças?
 (Artem Varnitsin / EyeEm/Getty Images)
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A famosa “voz de bebê”, conhecida como “baby talk”, é frequentemente usada pelos pais como uma forma de carinho com seus filhos. Esse hábito pode ser benéfico nos primeiros meses de vida, fortalecendo o vínculo afetivo e transmitindo segurança ao bebê. No entanto, com o passar do tempo, os especialistas alertam para os cuidados necessários, pois esse tipo de fala pode influenciar o desenvolvimento da linguagem da criança.

Quando parar de usar a “voz de bebê”

Desde os primeiros meses de vida, é natural que os pais usem uma linguagem mais suave ou infantilizada para interagir com os filhos. Essa prática pode ajudar na criação de laços e no desenvolvimento emocional. Entretanto, por volta dos 6 a 8 meses de idade, os bebês começam a formar suas primeiras palavras, o que marca um momento de transição na forma de comunicação com eles.

Os pais devem estar atentos para adaptar sua fala à medida que a criança começa a se apropriar da oralidade, pois quando a criança começa a estabelecer vínculos com outras pessoas, em outros espaços, essa fala infantilizada pode prejudicar, inclusive, os seus relacionamentos. Por isso, é importante falar de forma correta para que o filho se aproprie do vocabulário de maneira adequada.

Usar palavras no diminutivo, como “copinho” ou “sapinho”, não caracteriza um problema. No entanto, palavras pronunciadas de forma incorreta, como “pepeta” em vez de “chupeta”, devem ser evitadas. Esses hábitos podem atrasar o desenvolvimento da linguagem e causar constrangimentos na convivência social da criança, especialmente ao entrar na escola.

Como estimular o desenvolvimento da fala

O desenvolvimento da fala varia de criança para criança. Cada uma tem seu ritmo e tempo, e os pais não precisam se preocupar excessivamente com pequenos atrasos ou trocas de sons que podem ocorrer durante o processo de aprendizado.

Mesmo crianças que estão saindo da Educação Infantil com o repertório organizado podem cometer erros, como dizer “plato” em vez de “prato” ou “vrido” em vez de “vidro”. Esses erros são naturais e geralmente se corrigem com o tempo, sem a necessidade de intervenções rigorosas.

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Para ajudar no desenvolvimento da fala, os pais podem adotar algumas práticas simples:

  • Estimule a comunicação ativa: Peça para a criança justificar suas escolhas ou desejos. Por exemplo, se ela aponta para algo que deseja, incentive-a a falar o que quer. Isso amplia o vocabulário e ajuda na construção de frases.
  • Explique os motivos: Quando a criança faz perguntas, responda de forma clara, explicando o porquê de cada situação. Evite respostas curtas como “porque não” e transforme o momento em uma oportunidade de aprendizado.
  • Corrija com cuidado: Faça as correções de forma pontual, sem pressionar ou intimidar a criança. É importante que ela se sinta confiante para continuar tentando e aprendendo.
  • Leia e converse com frequência: Ler histórias e manter diálogos regulares com a criança são formas de enriquecer o repertório linguístico.

O equilíbrio é essencial

Embora o uso da “voz de bebê” seja uma forma de carinho nos primeiros meses, saber o momento certo de adaptá-la é importante para que a criança desenvolva sua linguagem de maneira saudável. O apoio dos pais, com correções respeitosas e estímulos adequados, contribui para que o processo de aprendizado seja natural e positivo.

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