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Cientistas ensinam como turbinar o cérebro do bebê

O efeito de estímulos visuais e auditivos no início da vida é bem maior do que se imagina. Confira e comece já a treinar seu pequeno gênio!

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 3 set 2017, 08h30 - Publicado em 3 set 2017, 08h30

Um ambiente rico em novas paisagens e palavras pode aumentar a capacidade de aprendizado, melhorar a coordenação motora e até diminuir o risco de problemas neurológicos e comportamentais na infância. Foi o que concluiu um novo artigo do Children’s National Health System, nos Estados Unidos.

Ao analisar dezenas de outros estudos sobre o impacto do ambiente no desenvolvimento cerebral, o grupo de cientistas conseguiu entender melhor essa poderosa relação. “A intensidade, a duração e o timing dos estímulos externos influenciam na plasticidade dos neurônios”, disse Vittorio Gallo, neurocientista autor do trabalho, em comunicado para a imprensa.

É o caso, por exemplo, de transformar a próxima ida ao mercado em uma aventura, contando para a criança o que são as coisas e as cores que ela ainda não conhece. Veja mais alguns exemplos práticos de boas atitudes em prol da mente dos pequenos, segundo os autores do trabalho:

  • Apresentar a criança a novos e diferentes objetos, dando a oportunidade de tocá-los e mostrá-los às pessoas.
  • Ouvir música ajuda na cognição, audição e, se a criança tocar um instrumento, melhor ainda: a coordenação motora agradece.
  • Não abrir mão de atividades que envolvam interação e adaptação ao ambiente onde a criança está.
  • Os exercícios físicos são aliados que agem rapidamente. Segundo os pesquisadores, quatro semanas de treinamento físico e cognitivo já são capazes, por exemplo, de melhorar a memória.

Além dos ouvidos e dos olhos

Quando o bebê escuta e vê algo novo ou recebe estímulos externos, como uma conversa com a mãe, cada um desses sinais é enviado ao cérebro, onde é decodificado e interpretado.

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Segundo os pesquisadores, esses estímulos influenciam, entre outras coisas, na produção da mielina, espécie de membrana que conecta os neurônios. Ela é fundamental para que o cérebro funcione adequadamente. E se estiver em boas condições, ajuda na coordenação motora, na cognição e no aprendizado de novas habilidades.

Vale destacar que a interação entre o lado de fora e o lado de dentro funciona tanto para o bem quanto para o mal. Fatores como uma dieta pobre em nutrientes, obesidade e isolamento social por sua vez agem contra a tal mielina. E aí quem perde é o cérebro do bebê.

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